A produtividade tem muito mais a ver com seu estilo de vida do que você pensa
OS PRODUTIVOS NÃO SE IMPORTAM COM O QUE OS OUTROS PENSAM (FOTO: SHUTTERSTOCK)
Produtividade não é simplesmente completar um monte de tarefas o mais rápido possível. Para o especialista em carreira Benjamin P. Hardy, colunista da revista Inc., você pode ticar vários itens na sua lista de afazeres e nunca chegar a lugar algum. "A maioria das pessoas está vivendo a vida dessa maneira", escreveu em um artigo. "A nossa sociedade é obcecada pelo 'fazer' constante. Sobra pouco tempo para 'ser' e 'viver'."
Segundo ele, produtividade é se mover para a direção desejada de propósito e consistentemente. "A produtividade não é o que você faz, é quem você é — menos truques do dia a dia e mais seu estilo de vida." Veja então os comportamentos que profissionais muito produtivos têm em comum:
1. Eles não se importam com o que as outras pessoas estão fazendo. "A maioria dos trabalhadores passa boa parte do seu tempo observando outras pessoas", diz Hardy. "O objetivo é imitar e copiar ou comparar e competir. Isso evidencia uma total falta de identidade — uma imaturidade emocional e espiritual." Por outro lado, os produtivos vêem isso como uma distração. Adivinha como empregam esse tempo? Executando.
2. Eles não se importam com o que os outros pensam... Hardy destaca que muitos profissionais temem a opinião de terceiros — por causa disso, tentam ser perfeitos. Eles querem que as pessoas gostem deles. "Figuras extremamente produtivas fazem o seu trabalho para si mesmos e para as pessoas às quais o trabalho se destina. Qualquer um fora desse público-alvo não interessa. Inimigos e críticos são flores, não dardos."
3. ...mas se importam muito com os outros. Parece até contraditório. Embora não liguem para o que as outras pessoas pensam, os produtivos preocupam-se imensamente com elas. Têm um amor pela humanidade. "Quando olham para o outro, eles vêem uma pessoa — não um objeto", diz Hardy. "Os produtivos são incrivelmente compreensivos."
4. Eles não precisam de permissão. Quantos profissionais você conhece (se é que não é um deles) que só sabe esperar? Acham que não está na hora certa, querem se sentir "seguros". Os muito produtivos não são assim. "Já começaram no ano passado. Começaram há cinco anos, antes de saber o que estavam fazendo. Começaram antes de ter dinheiro, antes de ter todas as respostas. Começaram quando ninguém mais acreditava neles. A única permissão de que precisavam era da voz dentro deles, levando-os a seguir em frente."
5. Eles aprendem fazendo. Cair com a cara no chão de novo e de novo: é assim que os produtivos aprendem. Em vez de reuniões e discussões, vão para a prática. "Enquanto a maioria está lendo, pensando e sonhando, os incrivelmente produtivos estão lá fora fazendo", defende Hardy.
6. Eles sabem aproveitar o momento atual de sua carreira.Os produtivos conseguem encontrar alegria também na jornada. Não ficam o tempo todo à espera do próximo capítulo na vida. "Estão satisfeitos com sua situação atual. Eles estão vivos. Os não produtivos esperam pelo contentamento depois de se formarem na faculdade ou conseguirem aquela promoção, ou deixam para serem felizes após se aposentarem. No fim, a vida passou por eles e nunca realmente curtiram o momento."
7. Eles revisam constantemente o que é mesmo necessário. É como fazer uma limpeza no armário. Quando a vida começa a ficar muito corrida, dão um passo para trás e removem o que não deveria estar ali. Em vez de adicionar mais à sua vida, dizem "não" a quase tudo.
Todo indivíduo é um gênio. Mas se você julgar um peixe pela habilidade em escalar árvores, ele passará a vida acreditando ser imbecil - Albert Einstein
São Paulo - É inevitável. Ao longo da vida adquirimos hábitos que se incorporam em nossa rotina de forma tão enraizada que é muito difícil se imaginar sem fazê-los. Alguns são bons, outros não são nada bons.
Procrastinação: observe corpo e mente ao sentir vontade de adiar tarefas
Eu tenho o péssimo hábito de achar que posso fazer mais coisas do que sou capaz, o que acaba acarretando em uma sobrecarga de trabalho que faz com que eu me desdobre pra tentar entregar tudo que prometi e me envolvi, e, inevitavelmente, algumas dessas entregas não saem tão bacanas como deveriam.
Seja fumar, comer ou beber demais, roer unhas, ficar o tempo inteiro conectado nas redes sociais, internet e smartphones, estalar os dedos, interromper pessoas, acordar tarde ou mesmo procrastinar, sendo que este último afeta diretamente sua vida profissional.
Seja qual for, todos eles tem algum em comum: são muito difíceis de abandonar.
Refletindo sobre isso nos deparamos com a palestra do psiquiatra Judson Brewer para o TED.
Nela, ele aborda como podemos nos livrar desses vícios com uma tática até que simples e que, ainda por cima, faz dessa mania péssima algo proveitoso em sua vida.
“Porque é tão difícil prestar atenção? Estudos mostram que, mesmo quando realmente tentamos prestar atenção em algo, como nesta palestra, em certo momento, metade das pessoas começam a se distrair ou a ter vontade de checar seu feed do Twitter.”
Quando você sentir aquela vontade incontrolável de fumar, comer aquele doce, ou mesmo responder uma mensagem enquanto você dirige, se aproveite dessa capacidade natural de ser curioso e perceba o que está acontecendo com o seu corpo e mente naquele momento. Fazendo isso, você se dá uma nova oportunidade de seguir perpetuando com um de seus hábitos ruins ou simplesmente sair deles.
Ao fazer isso, e deixar passar, sinta o efeito da alegria tomando conta. E então siga repetindo este ritual.
Confira agora a íntegra da apresentação e depois nos conte se deu certo! (Se precisar, ative a legenda em português):
* Este artigo foi originalmente publicado no 99jobs
A linguagem corporal ou expressões faciais são as formas de comunicação mais antigas e naturais dos seres humanos. É por isso que as pessoas que nascem cegas são capazes de reproduzir as mesmas expressões corporais que as que enxergam. Elas vêm pré-programadas nos nossos cérebros.
Eu sempre fui fascinado pela linguagem corporal e como ela nos ajuda a atingir nossos objetivos na vida. A melhor descrição do poder da linguagem corporal foi dada pela frase de Amy Cuddy: “Nossas mensagens não verbais definem o que as outras pessoas vão achar de nós”.
Se você é um pouco como eu, então você possui uma obsessão saudável pela linguagem corporal. Recentemente, alguns estudos em Harvard, Princeton e outras universidades prestigiadas ofereceram um panorama novo sobre a linguagem corporal e como usá-la no trabalho.
Então, embora a linguagem corporal seja importante para transmitir a mensagem correta, essa comunicação pode ser determinada pelo que as outras pessoas nos fazem sentir. Aqui um pequeno “insight” dos últimos estudos e de como podemos usar essa linguagem a nosso favor no dia a dia.
Seu corpo expressa emoções melhor que o seu rosto
Nós crescemos aprendendo sobre como lidar com as expressões faciais dos outros. Ainda assim, essa pode não ser a melhor maneira de julgar as emoções alheias. Pesquisadores de Princeton realizaram um experimento simples. Eles pediram a alguns voluntários que julgassem, a partir de uma foto, se as pessoas estavam felizes, tristes, se sentindo vencedoras ou perdedoras. Alguns receberam fotos com expressões faciais e outros corporais, um terceiro grupo recebeu ambas. Tente você mesmo com a imagem abaixo. Defina se os jogadores de tênis venceram ou perderam as partidas:
E os resultados não podiam ser mais surpreendentes:
Nos quatro experimentos, participantes adivinharam a emoção expressa na imagem baseados mais na linguagem corporal (sozinha ou combinada com expressões faciais) do que no contexto do rosto sozinho.
Emoções positivas e negativas, quando são extremas, se tornam bastante difíceis de serem diferenciadas, explica o responsável pelo estudo, Todorov.
Agora, fica ainda mais interessante. A linguagem corporal não é algo que nós temos que aprender. A maioria das nossas expressões emocionais vem definida no nosso sistema. Por exemplo, cientistas da British Columbia observaram os atletas congenitamente cegos nas Paralimpíadas.
Neste exemplo, o atleta da esquerda enxerga, enquanto o da direita é cego. Após a vitória, ambos apresentam a mesma linguagem para vitória:
Então, se a linguagem corporal é tão antiga, natural e poderosa para expressar nossas emoções verdadeiras, como podemos usá-la no dia a dia para conseguirmos o que queremos?
Amy Cuddy, de Harvard, apresenta as respostas.
A linguagem corporal muda quem você é – literalmente
Em um dos meus Ted Talks preferidos (ver vídeo abaixo), Amy Cuddy explica alguns detalhes peculiares da nossa lingaugem corporal. Cuddy focou bastante no mundo dos negócios, em como a linguagem pode nos ajudar aqui e as possibilidades que parecem não ter limites.
Cuddy distingue dois tipos de posturas corporais: as poses “poderosas” e as “sem poder”. Aqui, o exemplo de uma pose poderosa (até demais!):
Aqui está o exemplo de uma “sem poder”:
Agora a pesquisa de Cuddy nos revela vários fatores interessantes. O primeiro é que expressar poses poderosas nos ajudam a conseguir melhores empregos, fazem nos sentir melhores e, no fim, mais bem-sucedidos.
E ainda vai muito além de cruzar as pernas ou braços. Cuddy explica que dentro do nosso corpo existem verdadeiras transformações acontecendo, enquanto nossa linguagem corporal muda. Isso tem bastante a ver com hormônios. Os dois hormônios em questão são:
Testosterona: O hormônio do “poder”, que entre outros fatores ajuda a melhorar nossaliderança, foco e atenção.
Cortisol: O hormônio que nos faz menos resistentes ao estresse, oprimidos e impotentes.
Aqui está o experimento de Cuddy
Eles juntaram várias pessoas em uma sala. Por dois minutos, fizeram poses poderosas e outras “sem poder”. Então, eles iam para uma entrevista de emprego. Os resultados foram maravilhosos.
Recrutadores neutros, que não sabiam quem havia feito cada pose, escolheram aqueles que tinham feito as poses das pessoas que eles gostariam de contratar. Além disso, os níveis de hormônios das pessoas mudaram drasticamente. Aqui está o aumento da testosterona e a queda do cortisol, após a mudança de postura (por apenas dois minutos!):
Aqui estão os níveis de hormônios após a postura impotente, com uma queda considerável de testosterona e o aumento do cortisol:
De acordo com Cuddy, esses sçai achados que mostram que mudar nossa linguagem corporal não muda apenas nossos resultados. Muda o que somos. Então, em vez de “fingir até conseguir”, seu conselho é: “finja até você se tornar isto”.
Você pode fingir até conseguir? Sim, aqui estão cinco posturas para trabalhar hoje e responder a pergunta “Como posso trabalhar minha linguagem corporal?”
1 – Observe a posição do seu pé
Carol Kinsey Goman pesquisou a importância da linguagem corporal no ambiente de trabalho durante anos. Uma das suas melhores dicas é “observe seu pé”. Nós estamos sempre prestando atenção nas nossas expressões faciais. Ainda assim, nosso pé revela mais emoções do que nós pensamos.
“Quando você aborda duas pessoas conversando, você será recebido de duas maneiras. Se o pé de seu colega continuar no lugar e eles girarem os torsos superiores em sua direção, eles não querem que você participe. Mas se os pés estiverem abertos para lhe incluir, saiba que está convidado para participar”, afirma Carol.
Outro exemplo tirado do livro de Goman, explica como saber que a conversa acabou. Sempre que você estiver conversando com alguém cujo rosto parece prestar atenção, o corpo está virado para você, mas as pernas e pés estão virados para a porta – entenda que o papo acabou. Os pés estão comunicando que a pessoa quer ir embora. As posições dos pés são reveladoras mesmo que as pernas estejam cruzadas.
Eu comecei um experimento aqui no escritório do Buffer. Sempre que falo com alguém, eu faço questão de prestar total atenção – da cabeça aos pés. Até agora, tem sido ótimo.
2 – Sorria. Isso fará você mais feliz
Nós sorrimos por que estamos felizes. Mas funciona da maneira inversa? Pesquisadores da Universidade de Cardiff acreditam que sim. Pessoas que sorriem, mesmo que não estejam felizes, podem se sentir melhor, afirma Michael Lewis, co-autor do estudo. “A nossa forma de sentir as emoções não estão restritas ao nosso cérebro – existem partes do nosso corpo que ajudam a reforçar o que estamos sentindo”, diz.
Claro, a capacidade de sorrir é uma outra história. Por ora, tente sorrir no banheiro ou em um lugar calmo, antes de uma conversa difícil, entrevista de emprego. Vai ajudar você a ser mais bem-sucedido.
3 – Pratique as “poses poderosas” de Amy Cuddy antes de reuniões importantes
Amy Cuddy sugere três diferentes poses para praticar por dois ou três minutos antes de uma conversa importante.Tente fazer isso em um lugar calmo e veja se elas trazem os mesmos resultados para você.
4 – Realinhe seu corpo para manter harmonia com o seu colega durante a conversa
Goman sugere que você tente se alinhar de forma harmônica com o seu colega durante a conversa. Assim, você poderá resolver as tensões durante a conversa e criar soluções mais rapidamente. “Se você está fisicamente alinhado com essa pessoa (sentado ou em pé, ombro a ombro, encarando a mesma direção), você vai resolver a situação. É difícil construir um relacionamento no começo, mas prestar atenção no alinhamento faz uma grande diferença. Tente”, ressalta.
5 – Baixe sua voz com uma respiração profunda
Embora não seja exatamente uma dica para linguagem corporal, essa é uma das minhas preferidas. Homens e mulheres com vozes profundas são melhores candidatos a cargos de liderança e geralmente são percebidas como grande autoridades.
Para baixar sua voz, especialmente antes de uma entrevista, tente dar um respiro profundo. Vai relaxar a área da sua gargante, o que geralmente contrai e aumenta o tom da sua voz.
Quando as pessoas estão com dificuldades em achar um emprego, muitas vezes, elas colocam culpa em fatores que estão fora de seu controle, como “eu sou muito velho” ou “eu não tenho experiência suficiente”.
Algumas vezes, essas pessoas podem estar certas, mas na maior parte do tempo há soluções muito mais fáceis para os dilemas da procura por vaga de trabalho.
Veja na galeria de fotos conselhos para melhorar a busca por vagas:
1.Tenha certeza que a sua mensagem é clara
A pergunta número 1 das empresas é: Como você pode nos ajudar? Tenha certeza que você está respondendo essa pergunta em seu currículo, perfil do LinkedIn, email e cartas de apresentação. Se você estiver na dúvida de como passar essa mensagem, pesquise por perfis de pessoas no LinkedIn que já são empregadas na mesma função que a sua, leia em blogs e jornais sobre o seu setor e fale com pessoas da área.
2. Tenha um currículo focado
Não tente ser tudo para todas as pessoas. Tenha um currículo específico e um objetivo para cada vaga que você aplicar.
3. Foque em um tipo de emprego por período
Se você possui muitos objetivos diferentes, é bom tentar perseguir um de cada vez. Evite essa tentação. Priorizar e focar em uma área é a estratégia melhor. Para ser percebido como parte do mercado, o ideal é focar e fazer uma rede de contatos do meio.
4. Seja ativo
Às vezes, o profissional foca apenas em disparar muitos currículos. porém, esperar uma ligação ou resposta das empresas é ineficiente porque é uma atitude passiva. Por isso, o ideal é enviar menos currículos, mas se mostrar interessado pelas vagas.
5. Tenha certeza que você não tem nenhum ponto cego de comunicação
A sua mensagem está perdida por conta dos emails que não estão chegando? Procure feedback por outros meios. Ás vezes, precisamos dele para descobrirmos falhas nossas de comunicação, como falta de contato visual, parágrafos muito grandes no currículo ou até um perfil desatualizado no LinkedIn. Esses são motivos que podem atrapalhar.
6. Seja estratégico
Mesmo que você faça tudo de forma correta, no final do dia, é preciso ser estratégico. É fundamental procurar vagas na posição em que você deseja, mas também em áreas que são relacionadas. Se não há uma vaga ideal, é possível procurar algo parecido e ganhar experiência.
7. Mantenha contato com a sua rede
Não manter contato com as pessoas é um dos principais erros que os desempregados fazem. Muitas vezes, os contatos podem saber de vagas para o seu perfil e também te indicar para conhecidos.
O que realmente define o sucesso das equipes é a habilidade social de seus membros
O FÍSICO ALBERT EINSTEIN (FOTO: REPRODUÇÃO/FACEBOOK)
Por que reunir as pessoas mais inteligentes para formar uma equipe de sonhos na empresa não segue a lógica matemática, segundo a qual inteligência somada resulta em mais inteligência? Afinal, é tida como discutível a ideia de que indivíduos que têm bom desempenho em algumas tarefas tendem a aprender outras rapidamente, o que durante décadas levou os especialistas a desenvolver testes de Q.I. para formar grupos de trabalho com alto índice de inteligência em suas decisões.
Ocorre que uma pesquisa conduzida pelos psicólogos Anita Williams Woolley (Carnegie Mellon University), Thomas Malone (Massachusetts Institute of Technology, MIT) e Ishani Aggarwal (Fundação Getulio Vargas) demonstrou que os grupos mais bem-sucedidos não são os com maior inteligência, mas aqueles com maiores habilidades sociais. O talento de percepção social do estudo foi medido pela habilidade de julgar as emoções de outras pessoas com base em fotos de seus olhos.
A habilidade social mais valorizada pelos cientistas foi a capacidade de “ler” emoções nas outras pessoas. E os resultados do estudo indicam que a percepção social permite aos membros da equipe comunicarem-se com eficácia, o que, em última instância, leva o grupo a capitalizar as habilidades e a experiência de cada indivíduo. “Em outras palavras, os grupos cujas atividades são dominadas por uma ou duas pessoas são, em geral, menos inteligentes coletivamente do que aqueles nos quais a atividade é repartida de modo mais equilibrado entre os integrantes”, concluem os pesquisadores. http://epocanegocios.globo.com/Carreira/noticia/2016/06/soma-de-qi-nem-sempre-da-certo.html
A Bíblia, os provérbios chineses e tantas outras menções populares, confirmam o que nossos pais e avós nos diziam -de uma forma mais didática – quando éramos adolescentes: menino (a), diga-me com quem andas e direi quem tu és.
No empreendedorismo, na psicologia e na administração, existe a máxima – cunhada pelo brilhante escritor e palestrante americano Jim Rohn – que afirma o seguinte: nós somos a média das cinco pessoas que mais passamos o tempo.
Todas essas afirmações refletem uma única coisa: somos seres influenciáveis, não importa o quanto cacarejemos que tomamos nossas próprias decisões, seguimos nossos próprios caminhos, traçamos nossos próprios destinos. De uma forma ou de outra, as influencias estão presentes em nossas vidas, mesmo sem percebermos.
E não há nada de errado nisso. É absolutamente natural. O ponto aqui é levantar as seguintes questões: o que você quer para sua vida e com que tipo de pessoas você se acompanha?
Nota: Importante mencionar que o termo tipo de pessoas não é, de forma alguma, discriminatório. Trata-se apenas de uma referência para entender o contexto.
Dito isso, vamos colocar as coisas de um modo prático.
Um exemplo clássico é do sujeito que começa em um novo emprego e entra (como se diz) “cheio de gás”. Quer mostrar serviço, mostrar seu valor. Mais à frente, começa a se associar com alguns funcionários mais antigos. Passam a almoçar juntos, fazer as pausas para o cafezinho e até sair para um happy hour depois do expediente. Nada demais nisso.
O problema é quando esses veteranos são do tipo “tô nem aí”. Vivem reclamando da empresa, do salário, do chefe, fazem mais pausas do que trabalham, atrasam ou faltam constantemente e usam desculpas esfarrapadas para justificar.
Enquanto estão na empresa, esses vampiros de entusiasmo têm uma missão: recrutar bons funcionários para fortalecerem a sua “causa”, sempre com um discurso na base “cola em mim que você vai brilhar”. A amizade é um laço forte, que liga as pessoas de uma maneira poderosa.
Aquele novato, que começou com uma tremenda garra de vencer, vai se adequar aos padrões dos novos companheiros, se não carregar consigo valores bem firmes de profissionalismo e caráter. Isso é absurdamente comum, especialmente entre os menos experientes.
Trata-se de uma modelação que acontece de maneira gradual e sutil. Sem perceber, o sujeito é engolido pelo turbilhão de sanguessugas corporativos.
Lembro que quando era gestor de uma grande empresa e recebia novos funcionários, meu primeiro discurso era de alerta: procurem não se associar às pessoas que não têm interesse em somar. Infelizmente, nem sempre me davam ouvidos.
Mas não é somente nas empresas que vemos exemplos desta natureza. Nossos amigos, familiares e colegas são mais influentes do que possamos imaginar. Pode bater o pé o quanto quiser. Pouco a pouco, com um comentário aqui, outro acolá, ou mesmo com mensagens diretas, vamos nos deixando dominar pela filosofia, conceitos e valores do meio que convivemos.
Quer ver um exemplo clássico? O nativo dos pampas gaúchos se muda para uma cidade do Nordeste. Um ano depois, ele já está falando com o sotaque local. Ôxente bichin! E vice-versa.
O fato é que o ser humano pertence a uma espécie sujeita a estímulos. Por que você acha que raramente alguém consegue bons resultados quando resolve fazer exercícios físicos em casa, especialmente se está cercada de gente sedentária? E que acontece com esse mesmo individuo quando passa a frequentar uma academia, repleta de pessoas que têm o mesmo objetivo?
Outro exemplo? Muitos calouros de Universidades Federais (principalmente), iniciam o primeiro período cheios de expectativa e motivação para aprender as disciplinas dos cursos que optaram. Alguns meses depois, estão fumando um baseado nos jardins do campus, vestindo uma camiseta do Che Guevara e cantando Pra Não Dizer que Não Falei das Flores (Geraldo Vandré). Vem, vamos embora, que esperar não é saber.
Não estou questionando se é certo ou errado. É o que é.
O funcionamento deste mecanismo é muito simples de entender.
Se associe a gente preguiçosa que você vai se tornar um sujeito que prefere o apocalipse zumbi a levantar da cama ou sair para dar uma caminhada na esquina.
Se associe aos que cultivam pensamentos de pobreza e escassez e você vai se tornar um sujeito que acha que o mundo é só injustiça, que não existe esperança, oportunidades, etc.
Se associe às pessoas desleixadas, que é possível que em um futuro próximo, você passe a viver em um local semelhante ao lixão municipal.
Por outro lado, experimente se associar a pessoas otimistas, bem sucedidas, disciplinadas, organizadas e você vai notar uma diferença extraordinária nos rumos que sua vida vai tomar.
E antes que alguém questione: é claro que existem exceções. Elas existem para quase tudo na vida, certo O problema é: você se considera uma exceção? Jura?
Nossa mente é tão moldável – para o bom e para o mau – que nem percebemos que caminhos tomamos, até já estarmos naufragados em uma poça de frustração, tristeza e arrependimentos. Ou, no melhor (ou pior) dos casos, estamos cientes sobre as situações que nos metemos, e atribuímos nossas condições à vida (é assim mesmo), ao governo ou ao poder satânico das trevas infernais.
Como driblar essa armadilha? Pode parecer duro demais o que vou dizer aqui, mas a melhor forma de não cair nesta roubada é fugir. Ou melhor dizendo, se afastar de gente que te arrasta para a lama da mediocridade. Entendo que nem sempre é possível um distanciamento físico, quando você divide o mesmo teto, mas existe a alternativa de reforçar o outro lado.
Como assim?
Se existem pessoas próximas, que te estimulam (até sem querer) a pensamentos e comportamentos pouco eficientes, procure companhias que podem te levar a uma condição inversa. Pouco a pouco, é até possível que você passe a influenciar positivamente àqueles que remavam para o lado inverso. Eu, pessoalmente, conheço diversos exemplos.
E se não tiver ninguém próximo? O que eu faço? Bom, neste caso, você pode reduzir suas horas de televisão e mergulhar em livros com conteúdo relevantes e estimulantes. Mas, cá entre nós, duvido muito que não exista em seu meio, alguém que pode te ajudar a crescer. Basta prestar atenção, que você vai encontrar. Nós vemos o que estamos preparados para ver.
Lembre-se sempre de uma frase simples, que utilizei incontáveis vezes para alertar pessoas do meu círculo profissional e pessoal: é muito mais fácil puxar para baixo do que para cima.
As más companhias são como um mercado de peixe; acabamos por nos acostumar ao mau cheiro (Provérbio Chinês)
Não vos enganeis. As más companhias corrompem os bons costumes (1Corintios 15,33)
Quem anda com os sábios será sábio, mas o companheiro dos tolos sofre aflição (Provérbios 13,20)
Ric Elias, CEO of Red Ventures, estava em um assento na primeira fila no voo 1549, o avião que caiu no rio Hudson, em Nova York. O que passou pela sua mente quando o avião desceu desgovernado? Neste relato, ele conta sua história ao público pela primeira vez: "Foi-me dado um milagre de presente, de não morrer naquele dia. E ganhei um outro presente, que foi ser capaz de olhar no futuro e voltar e viver uma vida diferente"
Imaginem uma grande explosão ao subir a 3 mil pés.
Imaginem um avião cheio de fumaça.
Imaginem um motor fazendo clack, clack, clack, clack, clack, clack, clack.
Parece assustador. Bom, eu estava em um assento especial naquele dia.
Meu assento era o 1D. Eu era o único que podia falar com os comissários de bordo. Então eu logo olhei para eles, e eles disseram, "Está tudo bem. Devemos ter atingido um pássaro." O piloto já tinha virado o avião de volta, e não estávamos muito longe. Dava para ver Manhattan. Alguns minutos mais tarde, três coisas aconteceram ao mesmo tempo. O piloto alinha o avião com o Rio Hudson. O que não é a rota normal. Ele desliga os motores. Agora imaginem estar em um avião sem barulho. E então ele diz três palavras – as três palavras mais impassíveis que já ouvi. Ele diz: "Preparar para impacto".
Não precisei mais falar com a comissária de bordo. Eu podia ver nos olhos dela, era terror.
A vida acabou.
Quero compartilhar três coisas sobre mim que descobri naquele dia.
Entendi que tudo muda em um instante. Nós temos esta lista de desejos, temos estas coisas que queremos fazer na vida, e pensei em todas as pessoas com queria falar, mas não falei, todas as cercas que queria ter consertado, todas as experiências que queria ter e que nunca tive. Quando eu pensei sobre isso depois, Eu inventei um ditado, que é: "Coleciono vinhos ruins". Porque se o vinho está a disposição e a pessoa está ali, eu vou abri-lo. Não quero adiar mais nada na vida. E aquela urgência, aquela intenção, realmente mudou a minha vida.
A segunda coisa que aprendi naquele dia... E isso foi enquanto evitávamos a Ponte George Washington,o que não foi por muito – eu pensei, nossa, eu tenho um grande arrependimento. Vivi uma boa vida. Em minha própria condição humana e erros, Tentei ficar melhor em tudo que tentei fazer. Mas em minha condição humana, eu também deixo meu ego controlar. E me arrependi de perder tempo em coisas desnecessárias com pessoas que são importantes. E pensei no meu relacionamento com minha mulher,com meus amigos, com as pessoas. E depois, enquanto refletia sobre isso, eu decidi eliminar a energia negativa da minha vida.
Não é perfeito, mas está bem melhor. Não brigo com minha mulher em dois anos. É uma sensação ótima.
Já não tento mais estar certo; eu prefiro ser feliz.
A terceira coisa que aprendi; e isto é como se fosse seu relógio mental faz: "15, 14, 13". Dá para ver a água vindo. Eu digo: "Por favor, exploda.” Eu não quero que isso se parta em 20 pedaços como já viram em documentários. E enquanto estávamos caindo, eu tive uma sensação de, nossa, morrer não é assustador. É como se estivéssemos nos preparando para isso por toda a vida. Mas era muito triste.
Eu não queria ir; eu amo a minha vida. E aquela tristeza resumida em um pensamento, que é, eu só desejo uma coisa. Eu apenas queria ver os meus filhos crescerem. Um mês depois, fui ver minha filha no teatrinho da escola primeira série, sem muito talento artístico... ainda. E eu grito, eu choro, como uma criança pequena. E tudo isto fazia sentido para mim. E entendi naquele momento, que ao ligar esses dois pontos, que a única coisa importante na minha vida é ser um grande pai. Sobretudo, sobretudo, o único objetivo que tenho na vida é ser um bom pai.
Foi-me dado um milagre de presente, de não morrer naquele dia. E ganhei um outro presente, que foi ser capaz de olhar no futuro e voltar e viver uma vida diferente.
Desafio todos vocês que vão voar hoje a imaginarem a mesma coisa acontecendo com o seu avião; e por favor não; mas imaginem, e como vocês mudariam?
O que fariam que estão esperando para fazer porque acham que vão ficar aqui para sempre?
Como mudariam os seus relacionamentos e as suas energias negativas?
E mais que tudo, estão sendo os melhores pais possíveis?