sábado, 26 de novembro de 2016

50 perguntas e respostas para usar em entrevistas de Emprego

Olá leitores do Canal do Ensino,
Eis uma tradução de um artigo do blog bhuvans.wordpress.com, redigido por sua vez a partir do livro “The Accelerated Job Search” de Wayne D. Ford. Como estamos em maré de busca acelerada de emprego, pensei que fosse muito oportuno apresentar aqui a minha tradução “livre”. Segue as 50 perguntas que mais frequentemente surgem em entrevistas de emprego, e que podem ser usadas nos dois papéis, quer como entrevistador, quer como entrevistado:
1.  Fale-me sobre você:
Esta será talvez a pergunta mais frequente numa entrevista de emprego. Precisará de trazer na sua mente uma resposta breve mais ou menos memorizada, mas procure não deixar transparecer que trazia a resposta preparada, já que isso dará de si uma imagem de fraca espontaneidade. Evite mencionar interesses ou atividades que não se refiram diretamente à sua atividade laboral e aborde-os apenas se estes lhe forem especificamente apresentados. Descreva aqui que já realizou na sua vida profissional, focando particularmente naquilo que se relaciona com a vaga a que está a responder. Comece no passado e prossiga a sua breve descrição até ao presente.
2. Porque deixou o seu último emprego?
Seja lá quais foram as circunstâncias, mantenha sempre um toque positivo. Nunca, mas nunca mesmo, mencione problemas graves na sua organização anterior e jamais, mais jamais mesmo, mencione conflitos com os seus superiores ou colaterais. Se o fizer, perderá o emprego com toda a certeza. Diga que saiu por uma qualquer razão positiva, como a procura de uma nova oportunidade profissional.
3. Que experiência tem neste campo?
Seja específico a temas que se referem à posição que está na mesa. Se não tiver experiência específica, tente aproximar-se o mais possível. Evite todos os temas que não têm diretamente nada a ver com o campo para que está a concorrer.
4. Considera-se um homem/mulher de sucesso?
Tem que responder obrigatoriamente que sim e explicar sumariamente porque pensa dessa forma, listando os objetivos que traçou para si próprio no passado e a forma como os alcançou e como espera alcançar os restantes num futuro próximo.
5. O que pensam os seus colegas de si?
Leve mentalmente consigo uma ou duas frases citadas de um dos seus colaboradores, colaterais ou superiores. Se não se lembrar de nada diga “O Joaquim diz sempre que eu sou o trabalhador mais eficiente e persistente que já conheceu”.
6. O que conhece sobre esta organização?
É imperativo que investigue a organização antes da entrevista. Tente conhecer tudo sobre a organização, quais são os seus planos de expansão, a sua solidez económica, etc.
7. O que fez para melhorar os seus conhecimentos técnicos no último ano?
Mencione todas as atividades de melhoria da sua performance nas últimas funções, desde aquelas que foram financiadas pela anterior organização até aquelas que eventualmente pagou do seu próprio bolso.
8.  Está a concorrer também a responder a ouras ofertas de emprego?
Seja sincero, mas limite ao mínimo as suas respostas já que o importa é manter o foco no emprego sobre a mesa, não nenhum dos outros.
9. Porque é que quer trabalhar nesta organização?
Esta poderá ser a sua resposta mais importante. Baseie-se na pesquisa que fez sobre a organização. Seja absolutamente sincero, já que qualquer falsidade poderá determinar a sua eliminação.
10. Conhece alguém que trabalha para nós?
Esta pergunta pode ser fatal… há organizações que não contratam familiares e mencione apenas amigos se este estiver previamente avisado e fôr de absoluta confiança… não seria o primeiro a ser enganado por falso amigo que quando questionado sobre nós nos dá uma imagem oposta ao esperado e profundamente negativa.
11. Qual é salário que espera poder obter?
Uma pergunta de resposta delicada… cuidado se responder primeiro, razão pela qual o mais avisado será evitar responder e se perguntar algo do género: “diga-me qual é tipo de salário que está aqui em questão”? Alguns entrevistadores responderão, outros não… praticamente nenhuns o levarão a mal por ter fugido à resposta. Se contudo, achar que tem mesmo que responder, dê um valor tão vago e impreciso quanto o possível.
12. Como se dá com o trabalho em equipa?
Não terá outra opção além de dizer que sim, que se dá muito bem e que gosta mesmo muito, muito. Tenha exemplos à mão, prontos a citar e quanto mais recentes melhor. Exemplifique com casos em sacrificou o seu próprio bem estar ou a sua glória pessoal em nome do desempenho da equipa. Nunca se vanglorie, mas procure manter-se no domínio dos factos, tanto quanto o possível.
13. Durante quanto tempo espera trabalhar para nós?
Não seja muito específico. Diga algo vago como “durante muito tempo” ou “enquanto acharem que estou a fazer um bom trabalho”.
14. Já teve que despedir alguém? O que sentiu então?
Outra questão em que a qualidade da resposta é vital… Nunca deixe transparecer que gostou de o fazer, mesmo se essa pessoa mereceu tal despedimento. Mencione que teve que fazer aquilo que tinha que ser feito, e pronto. Diga que quando se trata de defender a organização ou o indivíduo tem sempre que optar pela primeira.
15. Qual é a sua filosofia quanto ao Trabalho?
Nem pense em alongar-se longamente sobre este tema… Diga o que pensa dos trabalhos que têm que ser feitos, e daqueles que são especialmente urgentes e do quanto pretende sacrificar para os cumprir. Seja positivo, mostrando um foco especial nos benefícios para a organização.
16. Se tivesse hoje dinheiro suficiente para se reformar, fá-lo-ía?
Não. É claro que tem que dizer que não… diga que prefere trabalhar a estar reformado…
17. Já alguma vez lhe pediram para deixar uma função?
Se sim, seja honesto… mas com brevidade e sempre sem dizer nada de negativo sobre a circunstância em que isso aconteceu.

18. Explique como poderia ser um ativo útil para a organização
Uma das respostas mais importantes de toda a entrevista é esta… Use-a para destacar os seus pontos mais positivos, especialmente aqueles que mais se relacionam com a oportunidade sobre a mesa.
19. Porque é que deveríamos contratar?
Sublinhe em que medida é que as suas capacidades correspondem às necessidades da organização. Nunca mencione que é melhor do que qualquer outro concorrente, nem sequer no abstrato.
20. Conte-me uma sugestão recente que tenha feito no seu último emprego
Vá para a entrevista com uma destas sugestões já preparada. Esta deverá ser uma que foi aceite (de forma a manter o tom positivo) e que tenha tido uma aplicação bem sucedida. Idealmente, deverá ser diretamente aplicável no tipo de funções a que está agora a concorrer.
21. O que o irrita mais nos seus colaterais?
Não lhe cheira a armadilha? Se não devia, porque é exatamente disso que aqui se trata… Simule que está a pensar em alguma coisa e depois diga que não lhe ocorre nada neles que o irrite e que o seu relacionamento com eles é tão bom que não lhe acorre agora nada que o irrite neles.

22. Qual é a sua maior força?
Pode dar uma de várias respostas. Desde que seja um aspecto claramente positivo. As respostas mais comuns são algo do género: a sua capacidade para prioritizar a resolução de problemas ou projetos, a sua capacidade para trabalhar sobre pressão, os seus conhecimentos técnicos ou a sua capacidade de liderança.
23. Descreva aquele que seria para um “emprego de sonho”
Procure não se referir a nenhum emprego que tenha tido no passado, nem sequer aquele que está agora na mesa. Não mencione especificamente um outro trabalho que não aquele que corresponderá a esta entrevista, porque isso poderá dizer ao entrevistador que sairá na primeira oportunidade. O melhor é manter-se no campo das generalidades.
24. Porque pensa que se adaptará bem a este emprego?
Mencione as suas capacidades, experiência e motivação.
25. O que procura num trabalho?
Veja a resposta 23
26. Com que tipo de pessoa recusaria trabalhar?
Mencione deslealdade para com a organização, violência física ou verbal ou ilegalidade. Qualquer coisa menos grave do que isto deve ser omitida.
27. O que é mais importante para si; dinheiro ou trabalho?
O dinheiro é sempre importante, mas o tipo de trabalho e a satisfação que se retira dele pesa sempre mais.
28. Qual era o seu ponto forte, segundo o seu anterior superior hierárquico?
Há aqui várias respostas possíveis, como lealdade, energia, capacidade de liderança, conhecimentos técnicos, etc
29. Conte-me o maior problema que já teve com um superior hierárquico
Mais uma armadilha… A ideia é colocá-lo a falar mal do seu superior. Se cai nela, a entrevista está concluída. A solução pode ser manter-se positivo e alegar falta de memória, exatamente como fazem os políticos quando se sentem mais apertados.
30. O que é o desapontou antes num emprego?
Não seja negativo. Fale de “falta de desafios” ou se foi afastado numa qualquer reorganização ou se a empresa fechou as portas, use essa informação agora.

31. Conte qual é a sua capacidade para trabalhar sobre pressão
Diga que gosta de certos tipos de pressão. Dê exemplos que se possam relacionar com o cargo a que está a concorrer.
32. As suas capacidades são mais adequadas para este emprego ou para outro?
Provavelmente, este. Não dê pistas de que poderia quer mais outro emprego além deste.
33. O que é que o motiva a trabalhar melhor?
Depende de si… Mas pode usar chavões como Desafios, espírito d realização pessoal e organizativa, reconhecimento do bom trabalho feito. Etc
34. Está disposto a trabalhar para além do seu horário? Fazendo noites e fins de semana?
Sim, claro… Se necessário e se a organização precisar, terá que estar disposto a tudo.
35. Como vai saber se teve sucesso neste emprego?
Existem varias formas de medir o sucesso. Definindo elevados padrões de qualidade e desempenho e cumprindo-os. Mas somente o seu superior é que saberá de facto se foi ou não bem sucedido.
36. Se fosse necessário, estaria disposto a mudar de local de trabalho?
Deve ser claro e honesto. Devendo recolher junto da sua própria família a sua disponibilidade para tal mudança se lhe parecer provável que o questionem sobre tal. Nunca diga que está disposto a mudar-se e depois não o faça… Já que isso poderá determinar o fim da sua carreira.
37. Está disposto a colocar os interesses da organização acima dos seus próprios?
Esta questão pretende aferir a sua potencial lealdade. Não se alongue. Limite-se a responder que sim.
38. Descreva o seu estilo de gestão
Fuja dos chavões de gestão, porque parecem exatamente aquilo que são: ocos. Contudo, pode usar termos comuns como “progressivo”, “gerador de consensos” (como apregoa Obama) e diga que o altera de acordo com as necessidades de cada circunstância.
39. O que aprendeu de erros anteriores?
Uma armadilha, de novo… Não mencione nada de realmente grave, mas não deixe de mencionar um ou outro pequeno erro, sublinhando sempre o aspecto positivo (medidas corretivas, aprendizagem obtida, etc)
40. Tem alguns pontos fracos?
Não lhes dê pistas… Obviamente que os tem – como toda a gente – mas deixe ao seu futuro empregador a tarefa de os descobrir. Refugie-se na frase de que ninguém é bom juiz em casa próprio.
41. Se estivesse a contratar alguém para este trabalho, o que procuraria nela?
Obviamente, seja lá o que for que diga, mencione sempre características que já possua e deixe de parte todas aquelas que não tem.
42. Acha que está sobrequalificado para esta vaga?
Diga qualquer coisa menos sim. Se pensar assim, e se o confirmar dizendo, está a dizer ao seu potencial empregador que irá sair na primeira oportunidade…
43. Como se propõe compensar a sua falta de experiência?
Se tem alguma experiência relevante de que o entrevistador ainda não tem conhecimento, refira-a agora. Se não, concentre-se em confirmar o seu empenhamento e a sua capacidade de esforço.
44. Que qualidades procura num superior hierárquico?
Seja genérico e positivo. Aluda a confiança, sentido de humor (todos julgamos que o temos, especialmente os chefes) e conhecimentos.
45. Exemplifique um caso em que teve que resolver uma disputa entre colaboradores
Dê um caso concreto e aluda sobretudo à forma como resolveu o problema.
46. Que posição prefere numa equipa que esteja a trabalhar sobre um dado projeto?
Seja honesto. Indique se trabalha bem em equipa, se tem capacidades de liderança e exemplifique sumariamente com exemplos concretos.
47. Descreva a sua ética de trabalho
Mencione tudo aquilo que possa beneficiar a organização, como espírito de missão e gosto pela satisfação recolhida pela pura execução de um trabalho com qualidade e eficiência.
48. Qual foi, até hoje, o seu maior desapontamento profissional?
Diga lá o que disser, nunca pode mencionar algo que estivesse sob o seu controlo direto. Demonstre espírito de aceitação e evite negativismos.
49. Qual foi a coisa mais divertida que fez no trabalho?
Algo que contribuiu para a organização e dentro do normal prosseguimento das suas funções, naturalmente…
50. Tem alguma pergunta?
Leve sempre – mentalmente – uma lista preparada de perguntas, fruto das suas pesquisas na Internet e que tenham a ver com a forma como pode contribuir para a organização. Questione sobre os projetos que estão a decorrer e sobre aqueles que estão prestes a começar e sobre a estrutura onde se irá integrar.
Um abraço e até a próxima!



sexta-feira, 18 de novembro de 2016

7 coisas que é melhor não revelar sobre si mesmo no trabalho

Falar sobre si mesmo no trabalho é importante para construir vínculos com os demais. Mas alguns pensamentos é melhor não dividir com ninguém, diz psicólogo

silencio

São Paulo — Falar sobre si mesmo no trabalho é importante — e muitas vezes indispensável — para o sucesso. Afinal, não dá para construir vínculos e alimentar o seu networking de você não se abre minimamente para colegas, clientes, chefes e subordinados.
Por outro lado, ignorar as fronteiras entre vida pessoal e profissional pode trazer sérios riscos para a sua reputação.
“Revelar as coisas erradas pode ter um efeito devastador sobre a sua carreira”, diz o psicólogo norte-americano Travis Bradberry em artigo no LinkedIn. “Você precisa ter um limite e tomar cuidado para não atravessá-lo, porque, uma vez feito isso, não tem como voltar atrás”.
O segredo para se expor de forma segura e equilibrada é a inteligência emocional. Quem tem essa competência é capaz de ler as dinâmicas mais sutis de cada ambiente e analisar o comportamento alheio.
Essas habilidades são fundamentais para determinar o que pode ser compartilhado socialmente e o que é melhor guardar para si.
Via de regra, diz Bradberry, estas são 7 informações que ninguém deveria revelar sobre si mesmo no trabalho:

1. Suas crenças políticas

Diante da polarização ideológica instalada no Brasil e no mundo, as opiniões políticas formam uma parte quase indissociável da identidade de cada um. “Discordar com as visões de alguém no trabalho pode rapidamente prejudicar a imagem positiva que aquela pessoa tinha de você”, escreve o psicólogo no LinkedIn. “Confrontar os valores de alguém é uma das coisas mais ofensivas que você pode fazer”, diz ele.
É mais estratégico escutar o que os seus colegas e chefes têm a dizer, da forma mais neutra e respeitosa possível. Hoje os ânimos andam tão aflorados que até um olhar de reprovação pode desencadear um conflito. Para Bradberry, contestar a opinião política de uma pessoa tem mais chances de irritá-la do que de fazer com que ela repense suas ideias. 
2. Quem você acha incompetente na equipe
Em qualquer ambiente de trabalho, é comum haver uma figura que todos identificam como a menos comprometida ou eficiente do grupo. Mas esse consenso silencioso não dá aval para a maledicência. Segundo Bradberry, revelar a sua opinião sobre a incompetência de um colega pode parecer uma tentativa insegura de valorizar o seu próprio desempenho.
Se você não tem o poder de demitir aquela pessoa, ou fazer com que ela melhore a sua entrega, é melhor se calar. O hábito de falar mal dos outros no trabalho sempre se vira contra o agressor: se você não controla o seu próprio veneno, mais cedo ou mais tarde se tornará o alvo da vez.

3. Seu salário

Nem todas as empresas têm uma política estruturada de remuneração, e eventuais incongruências podem gerar um forte sentimento de injustiça. Assim, por mais que seja tentador revelar os números do seu holerite, é melhor se calar a respeito disso. Até boas notícias como aumentos salariais merecem discrição. 
A partir do momento em que você e seu colega souberem quanto cada um ganha, vocês nunca mais se verão da mesma forma. “Uma vez revelada essa informação, tudo que você fizer no trabalho será visto como algo inadequado para a sua faixa salarial”, escreve Bradberry.

4. O fato de que você odeia o seu emprego

Pessoas negativas ou queixosas são muito mal vistas em qualquer ambiente de trabalho. Por isso, por mais que você realmente esteja sofrendo no seu emprego atual, é melhor pensar duas vezes antes de abrir o seu coração para os demais.
De acordo com Bradberry, os chefes são rápidos em perceber quem são as pessoas que estão deprimindo o ânimo da equipe com as suas reclamações. Se você não quer ser substituído por alguém mais “bem-humorado”, é melhor conter as suas queixas e discretamente buscar emprego em outro lugar. 
5. Sua vida sexual
Segundo Bradberry, compartilhar com colegas o que você faz entre quatro paredes é sempre uma má ideia. “Comentários do tipo podem provocar algumas risadas, mas muita gente vai se sentir desconfortável ou até ofendida”, escreve o psicólogo. “Cruzar essa linha vai ferir instantaneamente a sua reputação”.
O mesmo vale para o que você imagina sobre a vida sexual alheia. De acordo com o especialista em inteligência emocional, quem faz perguntas ou comentários sobre a intimidade dos outros no trabalho pode ser visto como alguém invasivo, pouco confiável ou até assustador.
6. Histórias malucas sobre a sua juventude
Tem uma história muito engraçada sobre uma festa em que bebeu até cair aos 19 anos? Adora falar sobre o seu hábito de roubar pequenos objetos quando era mais novo? Muitos anos podem ter transcorrido desde então, mas nem por isso as pessoas vão necessariamente acreditar que você amadureceu. O seu passado diz muito sobre você, diz Bradberry.
Basta ver os políticos: muitos já foram e continuam sendo eleitos apesar de histórias pouco abonadoras sobre o seu passado — mas só depois de um árduo trabalho de convencimento feito pela sua equipe de relações públicas. Como você não conta com essa “infraestrutura” para limpar o seu nome, é melhor guardar as suas anedotas para si mesmo.
7. Seus planos de mudar de emprego
Bradberry conta que, quando era criança, cometeu o equívoco de contar ao seu treinador de beisebol que ia abandonar o time dentro de duas semanas. Durante todo aquele período, ele foi rotulado como “o menino que não quer estar aqui” e amargou o banco de reservas enquanto os demais jogavam e se divertiam. 
O mesmo vale para a vida profissional, conclui ele. “Ao revelar que pretende ir embora, você de repente se transforma numa perda de tempo para todo mundo”, escreve o psicólogo. “Também existe a possibilidade de que a sua busca por um novo emprego não dê certo, então é melhor esperar algo mais concreto antes de espalhar a informação para todo mundo”.

quinta-feira, 17 de novembro de 2016

Como escapar de 7 saias justas numa entrevista de emprego

Perguntas bizarras, imprevistos no trânsito e encontros constrangedores. Veja como lidar com essas e outras situações inusitadas num processo seletivo

Entrevista de emprego
São Paulo — Entrevistas de emprego são tensas por definição: em um curto espaço de tempo, você precisa se sentar à frente de um estranho e ter uma conversa com potencial decisivo para o seu futuro.
O nervosismo pode aumentar ainda mais se você se deparar com perguntas ou situações inusitadas — o que não é raro. Por mais preparado que um candidato esteja, ele nunca estará 100% pronto para um processo seletivo, diz Isis Borge, gerente de divisão da consultoria Robert Half.
A especialista em recrutamento diz que não faltam exemplos de surpresas em entrevistas. “Já vimos empresas que perguntavam qual era o time de futebol do candidato, porque não queriam torcedores de uma equipe diferente da escolhida pelo CEO, ou que queriam saber se a pessoa tinha alguma objeção a animais de estimação”, conta ela.
Mas como garantir que uma “saia justa” não vai comprometer o seu sucesso em um processo seletivo? Especialistas ouvidos por EXAME.com listaram 7 situações comuns que podem gerar desconforto, e dizem qual é a melhor forma de manejá-las. Confira a seguir:
1. O entrevistador faz uma pergunta inusitada
Qual seria um bom motivo para não contratar você? Do que você mais se envergonha no seu currículo? O que faria você recusar esta vaga? Embora não sejam unanimidade entre recrutadores, perguntas “capciosas” como essas ainda aparecem em alguns processos seletivos. Se acontecer com você, a dica é manter a calma e lembrar que não existe uma única resposta certa.

“A intenção de quem faz esse tipo de pergunta é conhecer você melhor, ou ver como você reage ao inesperado, à surpresa”, explica Raphael Falcão, diretor da consultoria Hays Experts. “A única forma de se preparar é fazer um reflexão profunda sobre as suas competências e fraquezas”. Também vale pensar sobre os seus valores pessoais e sua aderência às características culturais da empresa em questão. Uma vez feito esse balanço, você terá calma suficiente para responder qualquer pergunta com naturalidade e franqueza.
2. Aconteceu um imprevisto no trânsito, e você vai se atrasar muito
Se você mora numa cidade grande, sair com antecedência é fundamental para garantir a sua pontualidade na entrevista. Ainda assim, surpresas acontecem. Para não entrar em pânico diante de um engarrafamento inesperado, a dica é ter sempre um contato de emergência em mãos.

“Ligue para o recrutador e explique sinceramente a situação”, recomenda Falcão. “Deixe para ele decidir se vai esperar você chegar ou se prefere remarcar a entrevista para outro dia ou horário, mas mostre disponibilidade para ir de qualquer forma”. A regra não vale apenas para o trânsito, mas para qualquer tipo de imprevisto que possa acontecer no caminho para a entrevista.
3. O recrutador pergunta quantos anos você tem
Alguns profissionais não gostam de revelar sua idade na entrevista de emprego, por medo de discriminação. O conselho de Isis Borge, gerente da consultoria Robert Half, é manter a calma, avaliar o contexto e responder com sinceridade.

“Se for muito mais velho que a média dos profissionais da empresa, diga que isso não interfere na sua disposição para aprender”, explica ela. “Se for muito mais jovem, deixe claro que tem maturidade suficiente para assumir a posição”. Porém, se você sentir que a empresa tem qualquer tipo de preconceito sobre esse assunto, talvez seja melhor desistir da vaga e procurar outro empregador.
4. Você encontra um amigo ou colega de trabalho entre os concorrentes
Descobrir que você está competindo pela mesma vaga com um conhecido pode gerar bastante constrangimento — principalmente se vocês não têm intimidade suficiente para conversar sobre a situação. Porém, se você o encontra na sala de espera ou numa dinâmica de grupo, não há o que fazer senão cumprimentá-lo e dizer alguma coisa.

“Seja discreto e educado, aja naturalmente e evite fazer perguntas para a pessoa”, aconselha Falcão. “Também não tente justificar a sua presença ali, nem dar qualquer satisfação”. Segundo o diretor da Hays Experts, mentir é a pior solução, porque a situação pode virar uma “bola de neve” e gerar prejuízos desnecessários à sua reputação.
5. O entrevistador quer saber se você planeja ter filhos
Muitas mulheres ainda se deparam com perguntas sobre planejamento familiar em processos seletivos. A melhor resposta, na opinião de Borge, é sempre a verdade. “Não minta, mas se sinta à vontade para perguntar a razão desse questionamento”, diz ela. “A empresa também tem a obrigação de ser transparente sobre as suas expectativas”.

Assim como outras perguntas de ordem pessoal, questões sobre o seu desejo de ter filhos não precisam obrigatoriamente ser respondidas. “Se você sente que a empresa está fazendo o questionamento de forma ofensiva e não demonstra respeito pela sua vida pessoal, agradeça a entrevista e vá embora”, afirma a gerente da Robert Half.
6. O entrevistador acordou de mau-humor
Se você sente que o recrutador está tratando você com frieza sem qualquer motivo aparente, procure se lembrar de que todo mundo tem dias ruins. A pior reação é encarar o comportamento do outro como uma questão pessoal, e deixar o nervosismo atrapalhar o seu desempenho na conversa.

A dica de Falcão é “quebrar o gelo” no começo da entrevista com assuntos amenos para avaliar a disposição psicológica do entrevistador. “Se ele mostrar uma postura séria e fechada, tente ser mais objetivo, dar respostas diretas e evitar brincadeiras”, explica. “A única saída é respeitar o humor da pessoa e tentar se adaptar”.
7. Você precisa falar sobre seus defeitos
Esta questão pode ser incômoda, mas dificilmente será surpreendente. A maioria dos recrutadores pergunta sobre os pontos fracos do candidato. O objetivo é medir o seu grau de autoconhecimento, além de testar sua sinceridade e vislumbrar quais demandas você trará para a equipe de treinamento e desenvolvimento caso seja contratado.

Segundo Borge, é importante baixar a guarda e responder com franqueza. Isso significa fugir do clichê: você não convencerá ninguém se disser que seu maior defeito é ser “perfeccionista” ou “workaholic”. Procure fazer uma reflexão prévia sobre as suas principais lacunas, aconselha a especialista, e vá para a conversa com uma resposta bem fundamentada em mente.

terça-feira, 1 de novembro de 2016

Glossário da Gestão: 48 termos que você precisa conhecer

O mercado muda o tempo todo e, com isso, surgem novas linguagens, das quais, muitas vezes, é difícil de acompanhar. Mas não se preocupe, é normal que você não saiba de cabeça todas as linguagens, se você está iniciando na área de Gestão agora.
Pensando nisso, separamos 48 termos da Gestão que você precisa conhecer. Confira!
O mercado muda o tempo todo e, com isso, surgem novas linguagens, das quais, muitas vezes, é difícil de acompanhar. Mas não se preocupe, é normal que você não saiba de cabeça todas as linguagens, se você está iniciando na área de Gestão agora.
Pensando nisso, separamos 48 termos da Gestão que você precisa conhecer. Confira!
Absenteísmo: Falta constante ao trabalho, por parte do empregado, ou sua ausência devido a problemas de saúde.
Avaliação 180 graus: É um modelo intermediário ao 360 graus. Com ele, não há avaliação dos subordinados, mas apenas dos pares, clientes e chefe.
Avaliação 360 graus: Sistema usado para medir o desempenho, em que o funcionário não é submetido somente à avaliação do chefe imediato, mas à dos colegas de trabalho, subordinados e até de clientes da empresa.
B2B: Sigla fonética de “business to business”. É o comércio eletrônico entre empresas. Trata-se de um mercado sem a participação do consumidor.
B2C: Business to Customer, a empresa que vende diretamente para o consumidor via internet.
Benchmark: Parâmetros de excelência, exemplos de coisas boas.
Breakthrough: Trata-se de um avanço em determinada área.
Briefing: Todas as informações necessárias para realização de uma determinada ação.
CEO: Chief Executive Officer: É o cargo mais alto da empresa. É chamado também de presidente, principal executivo, diretor geral, entre outros. Quando existe um presidente e um CEO, o primeiro é mais forte.
Clima organizacional: É o ambiente interno de uma empresa. Para avaliá-lo são considerados, entre vários itens, a liderança na companhia, a motivação para o trabalho, as possibilidades de crescimento profissional, enfim, as satisfações e insatisfações dos funcionários.
CLO: Chief Learning Officer: Responsável por administrar o capital intelectual. Ele precisa reunir e gerenciar todo o conhecimento da organização.
CMM: Capacity Maturity Model, recurso para desenvolvimento de software.
Coaching: Sessões de aconselhamento feitas por um consultor de carreira que acompanha e se envolve no desenvolvimento contínuo do profissional.
Compliance: Agir de acordo com uma regra, um pedido ou um comando. Através das atividades de compliance, qualquer possível desvio em relação a política de investimento dos produtos é identificado e evitado.
Counseling: Aconselhamento de carreira. É uma espécie de terapia profissional, que discute, entre outras coisas, os objetivos pessoais e futuros, estilo gerencial do executivo, nível cultural, valores e conhecimento do mercado.
Downsizing: Redução no número de funcionários da empresa.
E-learning: Aprendizagem realizada através da Internet. Ensino ou formação a distância.
Empowerment: Este termo surgiu nos anos 80 e se refere às situações em que os chefes devem decidir um pouco menos e os subordinados um pouco mais.
Endomarketing: É uma área diretamente ligada à de comunicação interna, que alia técnicas de marketing a conceitos de recursos humanos.
Feedback: É uma conversa particular entre o líder e o liderado, com caráter de avaliação, sobre os acertos e erros do liderado.
Fine Tuning: Sintonia fina, calibragem.
Follow-up: Dar prosseguimento a uma discussão ou debate, retomando temas para atingir soluções. Também pode significar revisão das tarefas atrasadas que foram geradas após uma reunião ou auditoria.
Headcount: Número de pessoas que trabalham em determinada equipe ou empresa.
Headhunter: Caça-talentos do mundo corporativo.
Intranet: Rede de comunicação interna e exclusiva das empresas.
Intrapreneur: Empreendedor interno, pessoa que dirige uma unidade do negócio como se ela fosse uma empresa independente.
Job rotation: Rodízio de funções promovido pela empresa, para que o funcionário possa adquirir novos conhecimentos em setores diferentes e acumular experiências, sem sair da companhia em que trabalha.
Know how: Conhecimento.
Mentoring: Profissional mais velho, com experiência e habilidade de relacionamento, que acompanha e passa para o mais novo suas ideias sobre o trabalho e a carreira.
Meritocracia: Sistema de recompensa e/ou promoção fundamentado no mérito pessoal.
Nepotismo: Favorecimento de parentes próximos feito por quem tem autoridade e poder.
Networking: Construir uma boa rede de relacionamentos, geralmente em sua área de atuação.
Newsletter: Boletim de notícias.
Outsourcing: Terceirização.
Overhead: Despesas operacionais.
Outplacement: Serviço oferecido e pago pela empresa, que consiste no aconselhamento, orientação e estímulo ao profissional demitido, preparando-o técnica e psicologicamente para se recolocar no mercado de trabalho, bem como para o planejamento de sua carreira.
Paradigma: Um exemplo que serve como modelo; padrão.
Performance: Palavra inglesa que significa atuação e desempenho.
Player: Empresa que está desempenhando algum papel em algum mercado ou negociação.
Presenteísmo: Diferente do absenteísmo, quem sofre deste mal não falta ao trabalho – com cansaço excessivo, a produtividade e a motivação é que deixam de aparecer.
Reengenharia: Mudança nos processos internos de uma empresa.
Resiliência: Capacidade de se recobrar facilmente ou se adaptar à má sorte ou às mudanças.
RH: Sigla de recursos humanos (departamento responsável pelas contratações, treinamentos, remuneração, encaminhamento de carreira e conflitos na empresa).
Skill: Habilidade.
Stakeholders: Partes ou grupos que estão diretamente interessadas na atividade da empresa: acionistas, governo, clientes, funcionários, fornecedores e sociedade.
Turnover: Rotatividade de funcionários dentro de uma empresa, medida pela média de pessoal que se mantém fixa na companhia.
Workaholic: Pessoa viciada em trabalho.
Workshop: Treinamento em grupo de acordo com a técnica dominada pelo instrutor, que visa ao aprendizado de novas práticas para o trabalho.
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