segunda-feira, 10 de outubro de 2016

60 erros de português muito comuns no mundo do trabalho

Papel amassado: veja 60 deslizes muito frequentes de ortografia, sintaxe, regência e pontuação

São Paulo — Falar e escrever corretamente é obrigatório para se dar bem em qualquer profissão. Além de ter uma redação bem estruturada, é preciso dominar a norma culta do português para ser admitido em qualquer processo seletivo, manter-se empregado e alçar novas posições hierárquicas.
Apesar disso, os tropeços na língua são incrivelmente frequentes no mundo corporativo. E-mails, relatórios, artigos e apresentações estão infestados de erros de ortografia, sintaxe, regência, pontuação e conjugação verbal.
Para Rosângela Cremaschi, consultora empresarial na RC7 e professora de comunicação na FAAP (Fundação Armando Álvares Penteado), a insuficiência daeducação de base do brasileiro faz com que muita gente ingresse no mercado de trabalho com fortes dúvidas sobre o próprio idioma.
Quanto mais alto o cargo, piores são os efeitos dos “tropeços” para a imagem do profissional, diz Reinaldo Passadori, presidente do Instituto Passadori e especialista em comunicação verbal.

Para não cometer deslizes, é importante cultivar o hábito da leitura de livros, jornais, revistas e sites. Uma revisão cuidadosa e paciente dos seus textos também é fundamental para garantir a sua adequação às regras gramaticais.

Com a ajuda de Cremaschi e Passadori, reunimos 60 erros de português muito comuns no mundo do trabalho. Confira a seguir:


1. "São suficientes" / "É suficiente"

Erro: Cento e cinquenta dólares são suficientes para as diárias no exterior.
Forma correta: 
Cento e cinquenta dólares é suficiente para as diárias no exterior.
Explicação: 
O verbo ser é invariável quando indicar quantidade, peso, medida ou preço.
 

2. "Em vez de" / "Ao invés de"

Erro: Ao invés de mandar um e-mail, resolvi telefonar.
Forma correta: 
Em vez de mandar um e-mail, resolvi telefonar.
Explicação:
 “Em vez de” é usado como substituição, enquanto a expressão “ao invés de” é usada como oposição.


3. "A nível de" / "Em nível de"

Erro: A nível de proposta, o assunto deve ser mais discutido”
Forma correta: 
Em relação à proposta, o assunto deve ser mais discutido.
Explicação: 
A expressão “a nível de” só está correta quando significar "à mesma altura". “Hoje, Santos acordou ao nível do mar”. Também podemos usar a expressão “em nível” sempre que houver “níveis”: “Esse problema só pode ser resolvido em nível de diretoria”.


4. "A meu ver" / "Ao meu ver"

Erro: “Ao meu ver, o evento foi um sucesso”.
Forma correta: 
“ A meu ver, o evento foi um sucesso”.
Explicação: Não se deve usar artigo nessas expressões, em que o substantivo ver significa “opinião, juízo”: a meu ver, a seu ver, a nosso ver. Também não se usa artigo em estar a par: Estavam todos a par (e não ao par) dos últimos acontecimentos.
 

5. “Maiores informações” / “Mais informações”

Erro: Para maiores informações, entre em contato com a Central de Atendimento.
Forma correta: 
Para mais informações, entre em contato com a Central de Atendimento.
Explicação: 
“Maior” é comparativo, portanto não se aplica a esse caso.
 

6. “A” / “há”

Erro: Trabalho nesta empresa a dez anos.
Forma correta: 
Trabalho nesta empresa há dez anos.
Explicação: 
Para indicar tempo passado, usa-se “há”. O “a”, como expressão de tempo, é usado para indicar futuro ou distância. (A empresa fica a dez minutos do centro.)


7. "Acerca de” / “a cerca de”

Erro: Na reunião, discutiu-se a cerca de corte de gastos.
Forma correta:
 Na reunião, discutiu-se acerca de corte de gastos.
Explicação:
 “Acerca de” significa a respeito de. A cerca de indica aproximação. (Ex: A empresa fica a cerca de 5 km daqui.)


8. "Meio-dia e meio" / "Meio-dia e meia"

Erro: A reunião começará ao meio-dia e meio.
Forma correta:
 A reunião começará ao meio-dia e meia.
Explicação: 
Devemos utilizar a expressão meio-dia e meia sempre que quisermos referir a décima segunda hora do dia mais trinta minutos, ou seja, o meio-dia mais meia hora.

9. “Supérfluo” / “supérfulo”

Erro: Os gastos naquele setor foram supérfulos.
Forma correta: 
Os gastos naquele setor foram supérfluos.
Explicação:
 Supérfluo significa demais, desnecessário. Embora seja uma palavra que muitas vezes ouvimos, “supérfulo” não existe.


10. “Em mãos” / “em mão”

Erro: O motorista entregou a carta em mãos.
Forma correta: 
O motorista entregou a carta em mão.
Explicação:
 A segunda opção sempre foi considerada a correta, porém, atualmente, as duas formas são aceitas por alguns dicionários.
 

11. “Segmento” / “Seguimento”

Erro: O seguimento de mercado mostrou-se propício a investimentos.
Forma correta: 
O segmento de mercado mostrou-se propício a investimentos.
Explicação:
 Segmento é sinônimo de seção, parte. Seguimento é o ato de seguir. (Ex: O projeto de implantação da ciclovia não teve seguimento.)


12. “Por hora” / “Por ora”

Erro: O diretor afirmou que, por hora, não poderia responder.
Forma correta: 
O diretor afirmou que, por ora, não poderia responder.
Explicação: 
A expressão “por hora” refere-se a tempo. “Por ora” expressa o sentido de “por enquanto”.
 

13. “Meu óculos” / “meus óculos”

Erro: Ele havia esquecido seu óculos no restaurante.
Forma correta: 
Ele havia esquecido seus óculos no restaurante.
Explicação: 
As palavras ligadas ao substantivo “óculos” devem ser flexionadas para o plural.
 

14. “Onde” / “Em que”

Erro: Participei da reunião onde foram tomadas várias decisões sobre os benefícios dos trabalhadores.
Forma correta: 
Participei da reunião em que (ou na qual) foram tomadas várias decisões sobre os benefícios dos trabalhadores.
Explicação: 
A palavra onde é um advérbio de lugar e, portanto, só deve ser usada referindo-se a lugar. Em outros sentidos, utilize a expressão em que ou no/a qual.
 

15. "É proibido” / “É proibida”

Erro: É proibido a entrada de pessoas não autorizadas.
Forma correta: 
É proibida a entrada de pessoas não autorizadas. ou É proibido entrada de pessoas não autorizadas.
Explicação: 
Deve-se fazer a concordância somente quando o substantivo estiver acompanhado, por exemplo, de artigo, pronome demonstrativo, pronome possessivo.


16. “A prazo” / “À prazo”

Erro: Os produtos podem ser comprados à vista ou à prazo.
Forma correta: 
Os produtos podem ser comprados à vista ou a prazo.
Explicação: 
Não existe crase antes de palavra masculina. Portanto, deve-se escrever: a prazo, a pé, a cavalo, a bordo.
 

17. “Vem” / “veem”

Erro: Os gerentes vem ao setor todos os dias e vêem o desempenho dos colaboradores.
Forma correta: Os gerentes vêm ao setor todos os dias e veem o desempenho dos colaboradores.
Explicação: Vem corresponde ao verbo VIR e recebe acento na 3ª pessoa do plural do presente do Indicativo. Veem corresponde ao verbo VER e, segundo o Novo Acordo Ortográfico, não recebe mais acento na 3ª pessoa do plural do presente do Indicativo.


18. “Anexo” / “Anexa” / “Em anexo”

Erro: Encaminho anexo os documentos solicitados.
Forma correta: Encaminho anexos os documentos solicitados.
Explicação: Anexo é adjetivo e deve concordar em gênero e número com o substantivo a que se refere. Ex: Segue anexa a carta de apresentação. Obs: Muitos gramáticos condenam a locução “em anexo”; portanto, dê preferência à forma sem a preposição.


19. “Eminente” / “Iminente”

Erro: Pedro é uma figura iminente na empresa.
Forma correta: Pedro é uma figura eminente na empresa.
Explicação: Eminente quer dizer notável. Iminente significa prestes a acontecer.


20. “Seção” / “Sessão” / Cessão

Erro: A seção dos direitos autorais desta obra criou polêmica.
Forma correta: A cessão dos direitos autorais desta obra criou polêmica.
Explicação: Seção significa divisão de repartições públicas, parte de um todo, departamento. Sessão significa espaço de tempo de uma reunião deliberativa ou de um espetáculo. Cessão refere-se ao ato de ceder.

21. “Aspirar” / “Aspirar a”

Erro: Ele aspira o cargo de gerente nesta empresa.
Forma correta: Ele aspira ao cargo de gerente nesta empresa.
Explicação:
 O verbo aspirar no sentido de sorver não admite preposição em sua regência. Aspirar, no sentido de almejar, exige a preposição a.


22. “Online” ou “on-line”

Erro: Haverá um treinamento online para os colaboradores.
Forma correta: Haverá um treinamento on-line para os colaboradores.
Explicação: O “VOLP” – Vocabulário Ortográfico da Língua Portuguesa – registra “on-line” com hífen.


23. "Curriculum" / Curriculo"

Erro: Os candidatos deverão entregar o curriculo no RH.
Forma correta: Os candidatos deverão entregar o curriculum (ou currículo) no RH.
Explicação: Curriculum vitae é uma expressão latina, mas já foi aportuguesada: currículo. Ambas formas estão corretas: curriculum vitae ou currículo (com acento).
 

24. “Porque” / “Por que”

Erro: Ninguém soube porque o diretor cancelou a reunião.
Forma correta: Ninguém soube por que o diretor cancelou a reunião.
Explicação: Porque é conjunção e tem a função de unir duas orações coordenadas. Por que é usado em frases interrogativas e, também, aparece nos casos em que puder ser substituído por “pelo qual” ou “por qual razão”.
 

25. "Este" / "Esse" / "Aquele"

Erro: Na reunião, serão discutidos esses itens a seguir:
Forma correta: Na reunião, serão discutidos estes itens a seguir:
Explicação: Observe a regra: “Estes itens.” (Você ainda irá citar); “Esses itens.” (Você já citou).
 

26. “Exceção” / “Excessão”

Erro: Para toda regra, há uma excessão.
Forma correta: Para toda regra, há uma exceção.
Explicação: O correto é exceção. Cuidado para não confundir com excesso.
 

27. “10 a 20 de março” / “10 à 20 de março”

Erro: O curso será de 10 à 20 de março.
Forma correta: O curso será de 10 a 20 de março.
Explicação: Observe que não há artigo combinado com a preposição de; portanto, também não haverá artigo no passo seguinte, estando correto “de tal dia a tal dia”, sem crase.


28. Crase na indicação de páginas

Erro: Os advogados fizeram a leitura da página 5 a 15 do acordo trabalhista.
Forma correta: Os advogados fizeram a leitura da página 5 à 15 do acordo trabalhista.
Explicação: A palavra “página” está implícita após o “à”, o que justifica o acento grave, que indica que há crase (fusão de “a” preposição + “a” artigo feminino.
 

29. “1,5 milhão” / “1,5 milhões”

Erro: Em 2016, foram gastos no país 1,5 milhões de cartuchos de impressora.
Forma correta: Em 2016, foram gastos no país 1,5 milhão de cartuchos de impressora.
Explicação: A unidade “milhão” só é flexionada para o plural a partir do segundo milhão, ou seja, 2 milhões. Portanto, deve-se observar o número que antecede a vírgula e lembrar que numerais como “milhão”, “bilhão” e “trilhão” devem concordar com esse número.


30. “A todos” / “À todos”

Erro: Bom dia à todos.
Forma correta: Bom dia a todos.
Explicação: Não há crase antes de pronomes indefinidos (muitos, poucos, nenhuma, todos, pouca, alguma).
 

31. “A partir” / “À partir”

Erro: À partir da próxima semana, não será permitida a entrada sem o crachá de identificação.
Forma correta: A partir da próxima semana, não será permitida a entrada sem o crachá de identificação.
Explicação: Não há crase antes de verbo.


32. “Obrigado” / “Obrigada”

Erro: Obrigado pela ajuda - disse Clara.
Forma correta: Obrigada pela ajuda - disse Clara.
Explicação: "Obrigado" é variável e concorda com a pessoa que fala. A mulher diz "obrigada". O homem, "obrigado". 

33. “Pagou o engenheiro” / “Pagou ao engenheiro”

Erro: Ao término da obra, a empresa pagou o engenheiro.
Forma correta: 
Ao término da obra, a empresa pagou ao engenheiro.
Explicação: 
O verbo “pagar” exige dois complementos – um deles acompanhado de preposição (pessoa) e o outro sem preposição (coisa). Assim: Paguei (o serviço) ao engenheiro.


34. “Houve” / “houveram”

Erro: Houveram dois problemas.
Forma correta: 
Houve dois problemas.
Explicação: 
O verbo “haver” no sentido de existir não tem sujeito, por isso fica sempre na terceira pessoa do singular. “Há dez problemas”, “houve dez problemas”. Vale a mesma regra quando os verbos “haver” e “fazer” indicam tempo: “Faz dois anos que nos encontramos”.


35. “Deve haver” / “Devem haver”

Erro: Devem haver muitas pessoas naquele auditório.
Forma correta: Deve haver muitas pessoas naquele auditório.
Explicação: O verbo haver, no sentido de existir, é impessoal, ou seja, só é usado no singular. Quando acompanhado de um verbo auxiliar, no caso, “deve”, este também se torna impessoal.


36. “Em baixo” / “Embaixo”

Erro: O documento caiu em baixo do móvel.
Forma correta: O documento caiu embaixo do móvel.
Explicação: Embaixo é advérbio de lugar. Em baixo é adjetivo. (Ex: Falavam em baixo tom.)


37. “Voo” / “Vôo”

Erro: Aquelas pessoas quase perderam o vôo.
Forma correta: Aquelas pessoas quase perderam o voo.
Explicação: O Acordo Ortográfico eliminou o acento circunflexo no primeiro “o” do hiato final “oo”. Assim: voo, zoo, perdoo, abençoo etc.


38. “Estender” / “Extender”

Erro: A reunião se extendeu além do tempo previsto.
Forma correta: A reunião se estendeu além do tempo previsto.
Explicação: O correto é estender, que significa prolongar, alongar, alargar. Extender não existe.


39. “Há dois anos” / “Há dois anos atrás”

Erro: Há dois anos atrás, o contrato foi assinado.
Forma correta: Há dois anos, o contrato foi assinado.
Explicação: É redundante dizer “Há dois anos atrás”, pois o “Há” já dá ideia de tempo decorrido.


40. “Bastante” / “Bastantes”

Erro: Há bastante motivos para a demissão daquele colaborador.
Forma correta: Há bastantes motivos para a demissão daquele colaborador.
Explicação: Bastante/Bastantes é pronome indefinido e deve concordar com o substantivo a que se refere. Na dúvida, faça a substituição por “muito/muitos”. Também pode ser advérbio, mas, nesse caso, permanecerá invariável.


41. “Zero hora” / “Zero horas”

Erro: A decisão entra em vigor a partir das zero horas de amanhã.
Forma correta: A decisão entra em vigor a partir da zero hora de amanhã.
Explicação: O substantivo “hora” concorda com o numeral “zero”.
 

42. “Horas extra” / “Horas extras”

Erro: O colaborador precisou fazer muitas horas extra.
Forma correta: O colaborador precisou fazer muitas horas extras.
Explicação: “Extra” é um adjetivo, portanto deve concordar com o substantivo a que se refere.
 

43. “Vir” / “Ver”

Erro: Quando você ver seu extrato, identificará o estorno do valor.
Forma correta: Quando você vir seu extrato, identificará o estorno do valor.
Explicação: Vir é a flexão do verbo VER na 3ª pessoa do singular do Futuro do Subjuntivo.


44. “Interviu” / “Interveio”

Erro: A diretora interviu na decisão.
Forma correta: A diretora interveio na decisão.
Explicação: Interveio é a flexão do verbo intervir na 3ª pessoa do singular do Pretérito Perfeito do Indicativo. Significa interferir, participar, interceder.

45. “Através” / “por meio”

Erro: O cliente soube da alteração através do e-mail.
Forma correta: O cliente soube da alteração por meio do e-mail.
Explicação: Por meio significa “por intermédio”. A locução através de expressa a ideia de atravessar. (Ex: Olhou através da janela.)
 

46. “Clipe” / “clipes”

Erro: Ele fixou os papéis com um clips.
Forma correta: Ele fixou os papéis com um clipe.
Explicação: Clipe é aquela peça de metal usada para prender folhas. Patenteado na Alemanha, é conhecido como clip (pl. clips) nos países de língua inglesa. No Brasil, deve ser chamado de clipe (pl. clipes).

47. “Responder o” / “Responde ao”

Erro: O gerente não respondeu o meu e-mail.
Forma correta: O gerente não respondeu ao meu e-mail.
Explicação: A regência do verbo responder, no sentido de dar a resposta a alguém, exige a preposição “a”.

48. Vírgula entre sujeito e verbo

Erro: O gerente de marketing, copiou as informações.
Forma correta: O gerente de marketing copiou as informações.
Explicação: A vírgula é um sinal de pontuação que marca uma pausa de curta duração. É usada para separar termos dentro de uma oração ou orações dentro de um período, mas nunca deve ser colocada entre o sujeito e o verbo.

49. "No aguardo de" / "Ao aguardo de"

Erro: Ficarei no aguardo de providências.
Forma correta: Ficarei ao aguardo de providências.
Explicação: Ficamos sempre ao aguardo ou à espera de, nunca no aguardo de ninguém ou na espera de alguma coisa.

50. “Mas” / “Mais”

Erro: Ele é dedicado, mais costuma se atrasar.
Forma correta: Ele é dedicado, mas costuma se atrasar.
Explicação: Mas é conjunção adversativa e significa “porém”. Mais é advérbio de intensidade.


51. “Obrigado” / “Obrigados”

Erro: Muito obrigado! – disseram os homens.
Forma correta: Muito obrigados! – disseram os homens.
Explicação: "Obrigado" deve vir no plural caso se refira a mais de uma pessoa.


52. “Imprimido” / “Impresso”

Erro: Ele havia impresso todos os documentos naquele dia.
Forma correta: 
Ele havia imprimido todos os documentos naquele dia.
Explicação: 
O verbo imprimir tem duas formas de particípio – impresso e imprimido. Com os verbos ter e haver, deve-se usar a forma “imprimido”, e com os verbos ser e estar, “impresso”. Ex: Os documentos foram impressos naquela máquina.


53. “Precisa-se” / “Precisam-se”

Erro: Precisam-se de motoristas.
Forma correta: 
Precisa-se de motoristas.
Explicação: 
Nesse caso, a partícula “se” tem a função de tornar o sujeito indeterminado. Quando isso ocorre, o verbo permanece no singular.
 

54. “Há pouco” / “A pouco”

Erro: Os gestores chegarão daqui há pouco.
Forma correta: Os gestores chegarão daqui a pouco.
Explicação: “Há pouco” indica tempo decorrido. “A pouco” dá ideia de uma ação futura.
 

55. “Chego” / “Chegado”

Erro: A secretária havia chego atrasada na reunião.
Forma correta: 
A secretária havia chegado atrasada na reunião.
Explicação: 
O particípio do verbo chegar é chegado. Chego é 1ª pessoa do Presente do Indicativo.(Ex: Eu chego na hora do almoço).


56. “Entre eu e você” / “Entre mim e você”

Erro: Entre eu e você, há uma sintonia de ideias.
Forma correta: Entre mim e você, há uma sintonia de ideias.
Explicação: Eu é pronome pessoal do caso reto e só pode ser usado na função de sujeito, ou seja, antes de um verbo no infinitivo, como no caso: “Não há nada entre eu pagar e você usufruir também.”
 

57. “Senão” / “Se não”

Erro: É melhor ele comparecer, se não irá perder a vaga.
Forma correta: É melhor ele comparecer, senão irá perder a vaga.
Explicação: Senão significa “caso contrário”. Se não é usado no sentido de condição. (Ex: Se não chover, poderemos sair.)


58. “Deu” / “Deram” tantas horas

Erro: Deu dez da noite e ele ainda não chegou.
Forma correta: Deram dez da noite e ele ainda não chegou.
Explicação: Os verbos dar, bater e soar concordam com as horas. Porém, se houver sujeito, deve-se fazer a concordância: “O sino bateu dez horas.”


59. “Chove” / “Chovem”

Erro: Chove reclamações quando há aumento no preço do combustível.
Forma correta: Chovem reclamações quando há aumento no preço do combustível.
Explicação: Quando indica um fenômeno natural, o verbo chover é impessoal e fica sempre no singular. No sentido figurado, faz-se a flexão verbal.

60. “Chegar em” / “Chegar a”

Erro: Os estagiários chegaram atrasados na reunião.
Forma correta: Os estagiários chegaram atrasados à reunião.
Explicação: Verbos de movimento exigem a preposição “a”.

sexta-feira, 7 de outubro de 2016

10 dicas de etiqueta que todo profissional deveria saber

É mesmo educado puxar a cadeira para 
alguém sentar? Quem deve pagar a conta?
Saiba como evitar gafes
ESCRITRORA LISTA MANEIRAS DE SE COMPORTAR (FOTO: THINKSTOCK)

Ocasiões sociais de trabalho podem ser um pouco embaraçosas.Regras de etiqueta nos negócios são, muitas vezes, diferentes daquelas que devem ser adotadas em outros ambientes. No livro "The Essentials of Business Etiquette" (Os fundamentos da etiqueta empresarial, sem edição em português), a especialista na área Barbara Pachter elenca recomendações para que as pessoas possam se sair bem nessas situações. O site Business Insider selecionou algumas delas. Confira: 

o ser apresentado a alguém, não fique sentado. "Levantar ajuda a estabelecer sua presença. É mais fácil você ser ignorado se não fica de pé. Caso seja pego desprevenido e não puder levantar, incline-se para a frente para indicar que, se pudesse, levantaria", diz Barbara.
Inicie o aperto de mãos. Segundo a escritora, o anfitrião ou o profissional no cargo mais alto, independentemente do sexo, deve estender a mão primeiro. "Se a pessoa hierarquicamente superior não faz isso imediatamente — muitas vezes por causa de uma confusão de gênero — a outra pessoa deve estender sua mão, logo em seguida." De qualquer maneira, o aperto de mãos deve acontecer, se você quiser ser levado a sério.
Só diga "obrigado" uma ou duas vezes durante a conversa. Se você começa a agradecer muito, fica parecendo desamparado e necessitado. Há regras também para notas de agradecimento. Precisam ser enviadas dentro de 24 horas e separadamente para todos que você quer agradecer. "Antes de escolher entre e-mail e notas manuscritas, considere que o correio normal pode levar vários dias para chegar ao seu destino, enquanto o e-mail chega quase que imediatamente", Barbara escreve.
Deixe o celular no bolso. É evidente que vai levá-lo para onde quer que você vá, mas o recomendado é resistir à tentação de checar suas notificações — por mais discreto que você acredite ser, o movimento é perceptível e indelicado. Além disso, não deixe o aparelho em cima da mesa. Está praticamente dizendo para a outra pessoa que a largaria a qualquer momento para falar com outra.
Nunca puxe a cadeira para alguém. Não tem problema manter a porta aberta para seu convidado, mas Barbara defende que você não deve puxar a cadeira para ele sentar, independentemente do sexo. Em um ambiente empresarial, regras sociais de gênero devem ficar para trás. "Tanto homens quanto mulheres podem puxar suas próprias cadeiras." E outra dica na hora de sentar que serve para todos os gêneros: não cruze as pernas.
Aponte com os dedos juntos. "Indique o que quer mostrar com a mão espalmada, e dedos juntos. Se você aponta com o dedo indicador, fica parecendo agressivo", diz Barbara. "Tanto homens como mulheres apontam, mas as mulheres tendem a fazê-lo com mais frequência."
Na hora de mandar um e-mail, cheque o destinatário. Preste atenção ao digitar um nome de sua lista de endereços do e-mail no espaço do "Para". É fácil selecionar o nome errado e sua mensagem ir parar na caixa de alguém que não deveria recebâ-la, o que você não quer que aconteça.
Divida pães com as mãos. Barbara diz que você nunca deve usar faca para cortá-los em um jantar de negócios. "Quebre o pão ao meio, arranque um pedaço de cada vez e coloque a manteiga quando estiver pronto para comê-lo."
Não peça nada muito caro, se for o convidado. E pague a conta, se você que convidou. Caso peça um prato ou vinho muito caro, vai parecer que está querendo se aproveitar do seu anfitrião. "No entanto, se o anfitrião faz recomendações, você pode pedir qualquer uma das sugestões, mas é ainda melhor não escolher a mais cara." Barbara reforça que, caso tenha convidado, você deve pagar a conta, independentemente do gênero. Você pode pedir licença e ir pagar longe de vista, se preferir.
Não empurre ou empilhe os pratos. "Você não é o garçom", diz Barbara. Além disso, se as outras pessoas com que você está comendo com ainda não terminaram, podem sentir que você está apressado. Outra recomendação acerca do fim das refeições é não pedir as sobras para viagem. "Tudo bem em jantares de família, mas não durante ocasiões profissionais."

segunda-feira, 3 de outubro de 2016

Os 7 pecados capitais do e-mail de trabalho

São Paulo — Muita gente tem uma relação de amor e ódio com e-mails profissionais. Ao mesmo tempo em que facilitam e aceleram a comunicação do dia a dia, as mensagens eletrônicas frequentemente causam aborrecimentos e até conflitos com colegas, chefes e subordinados.
Homem se exaspera diante de computador: 
veja os hábitos no envio de e-mails que mais causam irritação

Quase sempre, a irritação provocada pelos recados é resultado docomportamento desatento dos seus remetentes. As gafes vão do excesso de informalidade na linguagem ao uso indevido de botões como “Responder a todos” e “Mandar com cópia oculta”.
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Quer saber você está respeitando a etiqueta corporativa quando o assunto é e-mail de trabalho? O site Business Insider compilou os erros mais graves que um profissional pode cometer com a ferramenta. Confira os 7 piores a seguir:

1. Escrever a palavra “urgente” no assunto quando a questão não é urgente
Na tentativa de forçar a abertura da sua mensagem pelo destinatário, muita gente escreve palavras alarmantes no assunto do e-mail. A tática pode funcionar da primeira ou da segunda vez, mas perde efetividade com a repetição.
“Se você abusar do termo 'urgente', será como o menino que gritava ‘lobo’ naquela famosa história infantil”, diz Rosemary Haefner, diretora de RH do CareerBuilder, ao site Business Insider. Não vai demorar muito para que ninguém mais preste atenção em você — inclusive quando houver uma emergência real.
2. Não colocar nada (ou escrever algo muito vago) no assunto
Outra gafe imperdoável é mandar um e-mail sem nada no campo “assunto”, dizAmanda Augustine, especialista em carreira na TopResume. A situação pode ser muito irritante, porque obriga a outra pessoa a abrir o seu recado para descobrir do que se trata.
Escrever algo muito genérico ou indefinido, como “Olá” ou “Para seu conhecimento”, também pode gerar aborrecimento e até desestimular a abertura da sua mensagem. Um e-mail de trabalho com boas chances de ser lido e respondido normalmente tem uma frase de assunto clara, objetiva e concisa.
3. Deixar passar muitos erros de digitação
Quando o assunto é a escrita no trabalho, não é só com equívocos gramaticais que você deve se preocupar. Por mais inofensivos que pareçam, os erros de grafia provocados pela pressa na hora de digitar também podem prejudicar a sua imagem.
Como hoje em dia muita gente manda e-mails pelo smartphone, enquanto está se deslocando, não é tão grave haver um ou outro erro de digitação, diz Vicky Oliver, autora do livro “301 respostas inteligentes para perguntas difíceis de etiqueta corporativa”, ao Business Insider. Porém, mais de um deslize por e-mail é visto como algo pouco profissional.
4. Incluir múltiplos destinatários quando a conversa é particular
Pecado comum também no WhatsApp, mandar e-mails direcionados a um único indivíduo para o grupo todo pode ser extremamente irritante. “Só aperte o botão ‘responder para todos’ quando a sua resposta for realmente necessária para todos”, diz Haefner.
O mesmo vale para a opção “Mandar com cópia”: só vale copiar colegas, chefes ou clientes se a conversa for de fato relevante para eles. O problema é que muita gente faz isso de forma automática. Na dúvida, é melhor perguntar ao destinatário “extra” se ele deseja ou não acompanhar o diálogo.
5. Abusar da opção “Mandar com cópia oculta”
Na visão de Oliver, pessoas que usam demais o famigerado botão “Cco” em e-mails de trabalho podem ser vistas com desconfiança pelos demais.
“Se eu recebo algo com cópia oculta, a primeira coisa que eu penso é: e se aquela pessoa também não está incluindo outros recipientes ocultos nas mensagens que troca comigo?”, diz a especialista ao Business Insider. É melhor deixar a lista de destinatários aberta ou, em último caso, mandar um e-mail específico para informar aquela pessoa sobre detalhes de uma conversa à qual tecnicamente não pertence.
6. Escrever mensagens longas demais
Pesquisas já mostraram que as pessoas levam, em média, de 15 a 20 segundospara ler um e-mail. Um mapeamento do Nielsen Norman Group também revelou que o olhar se concentra nas primeiras palavras e frases do topo do e-mail, e o interesse vai diminuindo conforme o texto avança para baixo.
Se você deseja que a sua mensagem seja lida, é melhor que ela seja objetiva e sucinta. Outra dica é quebrar grandes blocos de texto em parágrafos menores, ou organizar suas ideias em tópicos enumerados. Recursos como o negrito e o itálico, se usados com moderação, também podem ajudar a compor uma mensagem mais palatável e convidativa.
7. Ter uma linguagem formal ou informal demais
O tom de qualquer e-mail profissional deve refletir fielmente o grau de intimidade que você tem com o seu destinatário. Mas, por mais que você não o conheça tão bem, é preciso tomar cuidado para não parecer um robô. “É bom temperar as suas mensagens com um pouco de entusiasmo e personalidade”, diz Oliver.
Ao mesmo tempo, tudo tem limite: para Haefner, usar muitos pontos de exclamação, emoticons, cores ou fontes extravagantes pode ser visto como pouco profissional. A informalidade em excesso pode ser problemática especialmente se você está falando com uma pessoa de outra geração, que talvez esteja acostumada a um tom mais tradicional em diálogos por escrito.


domingo, 2 de outubro de 2016

Linguagem corporal: cuidado, seu corpo pode estar falando o oposto daquilo que você diz

Entenda o que é linguagem corporal e como você pode melhorar a sua.

“O corpo fala”, provavelmente você já ouviu isso por aí, não é mesmo? Ou então, já viveu na pele. Sabe quando um amigo está com a cara amarrada, parecendo tenso e você sabe que há algo errado, mas a pessoa insiste em dizer que não? É a postura da pessoa que entrega a forma como ela está se sentindo, que transmite ao outro tensão, alegria, relaxamento, medo ou qualquer outra emoção. Isso se chama linguagem corporal.
Como empreendedor, a linguagem corporal é um aspecto muito importante, e que você deve trabalhar. E se você precisar convencer um investidor a fazer um aporte no seu negócio, mas transparecer insegurança? E se um cliente for muito chato e ele perceber que você está pensando isso sobre ele? E se você precisar motivar e inspirar sua equipe - e enquanto líder você precisará – e eles perceberem a tensão e preocupação por trás das suas palavras?
É MUITO IMPORTANTE TRABALHAR A LINGUAGEM CORPORAL, EM PRIMEIRO LUGAR, PARA QUE SEU CORPO NÃO TE DENUNCIE. EM SEGUNDO PARA QUE VOCÊ SAIBA COMO USÁ-LO A SEU FAVOR: TRANSMITINDO FIRMEZA, SEGURANÇA E CONFIABILIDADE.
Este artigo traz dicas para uma negociação matadora. Entre elas, está a tal da linguagem corporal. “É muito importante demonstrar confiança e se apresentar como uma pessoa amigável. Devemos evitar a todo custo demonstrar insegurança e nervosismo, já que isso pode ser interpretado pela outra pessoa como uma fragilidade e uma oportunidade para avançar as questões de seu interesse. Já que nenhuma dessas questões são objeto da conversa em si, temos que procurar demonstrá-las com a sutileza da linguagem corporal.”
Use o tom da sua voz, gestos e expressões a seu favor. Entusiasmo, contato visual e estar posicionado em direção ao seu interlocutor são técnicas utilizadas por pessoas persuasivas. Uma linguagem corporal positiva fará com que as pessoas acreditem o que você está dizendo como válido. O jeito como você fala é tão importante quanto o que você diz.
A seguir confira algumas dicas valiosas para trabalhar a sua linguagem corporal:

Cuidado com as diferenças culturais
Este texto da Associação Brasileira de Coaching traz um panorama interessante sobre o assunto. O artigo frisa a importância de prestar atenção às regras culturais de cada local. Pode ser que um gesto que parece muito normal no Brasil seja ofensivo para uma pessoa de outra nacionalidade.
“Esse aspecto é extremamente influenciado por fatores culturais, sociais e psicológicos. O ambiente no qual o indivíduo está inserido irá determinar a forma como ele irá se comunicar. Gestos e expressões não verbais são interpretados de maneiras diversas em um país, região ou até mesmo em uma empresa. Por isso, é fundamental observar e se adequar aos locais onde precisará se fazer entender da melhor possível”.

Autoconhecimento: o primeiro passo, sempre, é se conhecer
Outro ponto que o artigo traz com destaque diz respeito ao autoconhecimento. Bom, já falamos bastante aqui sobre a importância de se conhecer muito bem. Quando um empreendedor sabe de suas competências e limitações, ele consegue focar no seu desenvolvimento. O mesmo vale para sua linguagem corporal. Somente tendo consciência de como você se mexe e se expressa é possível trabalhar isso.
“Ter consciência dos sinais que você emite é importante para saber o tipo de informação que se deseja partilhar. Para isso, também é preciso identificar qual postura é a mais ideal para cada situação. Estudos sobre a expressão corporal estão sendo intensificados nos últimos anos por profissionais das áreas de psicologia e sociologia, para identificar os sentimentos e expressões não comunicados por palavras”, traz o texto.
Quer uma dica? Comece a se gravar quando for falar em público, ou até mesmo em reuniões e depois se assista. não tenha vergonha. Esse exercício pode te trazer muitos insights sobre a forma como você se posiciona em uma conversa.

O que a ciência diz…
Esta matéria da revista Galileu traz algumas dicas (todas embasadas cientificamente) de linguagem corporal. Em primeiro lugar, você deve investir na sua postura. “Ter uma boa postura não é bom só pelo jeito que os outros te enxergam. Isso também muda a forma como você lida com as coisas ao seu redor. Estudos já comprovaram que pessoas que sentam de forma correta recebem mais elogios ligados a profissão”, aponta a matéria.
Outra dica é cumprimentar as pessoas antes e depois de fechar negócio. De acordo com o texto, um simples cumprimento transmite a sensação de animação e cooperação. Pessoas que dão as mãos antes e depois de uma negociação fazem propostas mais justas do que pessoas que vão direto pro assunto. Além disso, um aperto de mão firme passa a confiança necessária para um acordo ser estabelecido.
Além disso, a matéria traz a informação de que um estudo da Universidade de Duke descobriu que 125 Hz é a frequência ideal para um som agradável e que pessoas que falam mais baixo têm mais autoridade em um grupo. Os pesquisadores analisaram 792 chefes executivos americanos. O resultado foi impressionante: uma diminuição de 22 Hz em nossa frequência vocal pode implicar em aumentos reais de salários.
Por fim, vale lembrar do bom e velho tapinha nas costas. De acordo com estudo realizado pela Universidade de Cornell, o toque nas costas pode transformar as pessoas. Os pesquisadores analisaram clientes de um comércio americano e apenas 12% dos que não foram tocados deixaram gorjetas. O número aumenta para 14%, com os que receberam tapinhas nas costas, e para 17% os que receberam toques e apertos de mãos. Além disso, os tapinhas transmitem cumplicidade, o que faz com que os clientes passem mais tempo em seu comércio jogando conversa fora.
Bom, agora você já conhece um pouco mais sobre linguagem corporal. A mensagem que fica é: você sempre pode aprender algo novo e melhorar sua postura enquanto líder e empreendedor. Boa sorte!

Leia mais:


https://endeavor.org.br/linguagem-corporal/