terça-feira, 10 de outubro de 2017

O aprendizado como um hábito para a vida

John Coleman
OUTUBRO 2017

Todos nascemos com uma curiosidade natural; queremos aprender. Mas as exigências da vida profissional e pessoal reduzem nosso tempo e a vontade de satisfazer esta curiosidade.
Desenvolver hábitos específicos de leitura — conscientemente estabelecidos e cultivados — pode ser uma alternativa tanto para a contínua evolução profissional quanto para uma profunda realização pessoal.


Recentemente, debrucei-me sobre as duas primeiras biografias de Teddy Roosevelt, escritas por Edmund Morris, The Rise of Theodore Roosevelt e Theodore Rex. Roosevelt tinha seus defeitos, mas era, sobretudo, fascinante e um intelectual voraz. Ele publicou seu primeiro livro, The Naval War of 1812, aos 23 anos e continuou a escrever sobre todos os assuntos, de preservação à política e biografias. Segundo Morris, dizia-se que ele lia um livro por dia e toda essa bagagem possivelmente o tornou não só carismático, como também excepcionalmente preparado para lidar com vários assuntos em sua carreira presidencial, tais como: empenho na preservação da natureza em nível nacional, expansão marítima, regulamentação do truste, e muitos outros.
Roosevelt era o que podemos chamar de “eterno aprendiz”. Aprender, para ele, tornou-se uma fonte de prazer pessoal e um caminho para o sucesso profissional. Trata-se de um hábito que muitos de nós deveríamos adquirir. O jornal The Economist, há pouco tempo destacou que, com todas as interferências da economia moderna, em especial da tecnologia, o constante desenvolvimento de habilidades é crucial para uma relevância profissional duradoura. O alto grau de instrução está geralmente associado a salários mais elevados a um baixo nível de desemprego. E, além de ser útil, aprender é agradável; é prazeroso envolver-se com um novo assunto. Ter um leque de assuntos interessantes ao conversar com amigos e colegas aumenta sua segurança. E, por fim, é gratificante entender um assunto novo e difícil.
Porém, esse tipo de aprendizado contínuo e persistente não é simplesmente uma decisão; precisa se tornar um hábito. E, para isso, é necessário dedicação.
Em primeiro lugar, desenvolver o hábito de aprender vai exigir que você destaque os resultados que deseja alcançar. Você gostaria de revitalizar suas conversas e atividade intelectual por meio da leitura de vários assuntos novos? Está tentando dominar alguma área específica? Gostaria de ter certeza de que está atualizado em um ou dois assuntos fora da sua rotina profissional? No meu caso, gosto de frequentar um grupo de leitura, que me expõe a vários tipos de assuntos e gêneros, com o objetivo de fazer uma exploração intelectual geral ao mesmo tempo em que mergulho mais profundamente em algumas áreas, como educação, política internacional e liderança. Escolher um ou dois objetivos vai permitir que você estabeleça metas alcançáveis para ter condições de cultivar o hábito.
Com base nessas escolhas determine objetivos realistas. Como muitas pessoas fazem todos os anos, estabeleço metas para mim mesmo. Estas tomam forma de objetivos que eu gostaria de alcançar ao longo do ano (por exemplo ler 24 livros em 2017) e hábitos diários ou semanais que preciso cultivar para alcançar (como ler no mínimo 20 minutos por dia, 5 vezes por semana). Para mim, metas a longo prazo estão intimamente ligadas a um planejamento. Para hábitos diários ou semanais uso um aplicativo chamado momentum, que me permite, de forma rápida e simples, inserir a conclusão das minhas atividades e, assim, monitorar meu progresso. Estas metas transformam uma ligeira vontade de melhorar o aprendizado em um conjunto real de ações.
Com as metas estabelecidas, monte um grupo de estudo. Participo de um clube de leitura que se reúne a cada dois meses e me ajuda a manter minhas metas de leitura em dia, além de deixá-las mais divertidas. De modo análogo, muitos de meus amigos escritores entram em grupos nos quais os participantes leem e editam entre si os próprios trabalhos. Para metas mais específicas, una-se a uma organização focada nos assuntos que deseja aprender — um grupo de discussão sobre política internacional que se reúne mensalmente ou um grupo que faz trabalhos em madeira e se reúne regularmente para trocar informações. Você também pode pensar em uma aula convencional ou um curso de graduação formal para se aprofundar em algum assunto e assumir o comprometimento inerente a ele. Essas comunidades aumentam o comprometimento e tornam o aprendizado mais leve.
Para focar em seus objetivos, livre-se das distrações. Aprender é agradável, mas também exige esforço. É tão bem documentado que chega até a ser truísmo, mas lidar com muitas tarefas simultaneamente e e a tecnologia (celulares, e-mail) podem tornar muito difícil ou até impossível conseguir a concentração necessária para o aprendizado eficaz. Reserve um período para aprender e evite as interrupções. Quando for ler, procure um lugar silencioso e esqueça o celular. Se você está tendo uma aula ou participando de um grupo de leitura, tome notas que o ajudem a melhorar e reter a compreensão e deixe de lado laptops, dispositivos móveis, e outras tecnologias dispersivas no carro ou na bolsa, fora de seu alcance. E, além de eliminar fisicamente as distrações, pense em treinar a mente para lidar com elas. Eu, por exemplo, tive um impacto agradável da meditação constante, que tem trazido uma melhora no meu foco intelectual, aumentado minha atenção em palestras e na leitura de livros difíceis.
Por fim, use a tecnologia para complementar o aprendizado. Ao mesmo tempo em que ela pode ser uma distração, consegue ser muito usada para contribuir com o processo de aprendizado. Cursos como os Massive Open Online Courses (MOOCs) permitem que alunos de qualquer lugar se unam em uma comunidade para que possam, juntos, aprender com as mentes mais brilhantes do mundo e uns com os outros. Podcasts, audiolivros, livros digitais e outras ferramentas possibilitam ter um livro em mãos a qualquer hora. Descobri, por exemplo, que ao usar audiolivros, no que eu chamo de “momentos em movimento” — me locomovendo ou correndo, por exemplo — consigo praticamente dobrar o número de livros lidos no ano. Bons podcasts ou cursos no iTunes U podem, da mesma maneira, proporcionar o aprendizado em qualquer lugar. É possível que a combinação dessas ferramentas com aplicativos que fazem parte de seus hábitos com a tecnologia seja um aliado essencial na rotina do aprendizado.
Todos nascemos com uma curiosidade natural; queremos aprender. Mas as exigências da vida profissional e pessoal reduzem nosso tempo e a vontade de satisfazer aquela curiosidade natural. Desenvolver hábitos específicos de leitura — conscientemente estabelecidos e cultivados — pode ser uma alternativa tanto para o contínuo desempenho profissional quanto para uma profunda realização pessoal. Talvez Roosevelt tivesse razão: uma vida inteira dedicada ao aprendizado já é, por si só, um triunfo.
_____________________________________________________
John Coleman é coautor do livro Passion & Purpose: Stories from the Best and Brightest Young Business Leaders.

sexta-feira, 22 de setembro de 2017

segunda-feira, 11 de setembro de 2017

Você tem inteligência emocional se exibir estas 4 habilidades

Inteligência emocional é uma competência mais complexa do que parece. Está (muito) longe de ser apenas simpatia, paciência e serenidade



Inteligência emocional: o que realmente define essa competência?

São Paulo — Um mal-entendido comum quando se fala em inteligência emocional é reduzir o significado dessa competência à facilidade para relacionamentos interpessoais. Como se bastasse ser sociável, sensível às necessidades alheias e capaz de acalmar os ânimos quando todos os demais estão nervosos.

A inteligência emocional vai muito além disso, explicam Daniel Goleman, autor de inúmeros best-sellers sobre o tema, e Richard Boyatzis, professor de psicologia da Case Western Reserve University, em artigo para o site da Harvard Business Review.

Não basta ser simpático, calmo e gentil: é preciso ter autoconhecimento, capacidade de dar feedbacks difíceis, facilidade para mediar conflitos e otimismo na hora de enfrentar adversidades, entre muitas outras características.

Ao cabo de 30 anos de estudos sobre o assunto, os especialistas chegaram a um resumo com 4 habilidades essenciais que compõem esse tipo de inteligência. “Ter uma combinação balanceada dessas capacidades específicas faz com que um líder esteja preparado para grandes desafios”, escrevem eles. São estas, descritas também no site oficial de Goleman:

1. Consciência de si mesmo
Descreve a capacidade de conhecer suas próprias emoções. Faça o teste: tente escrever numa folha de papel, com a maior quantidade possível de detalhes, o que você sentiu em um momento difícil da sua carreira. Quanto mais específicas, ricas e precisas forem as suas palavras, maior o seu autoconhecimento provavelmente é. Compreender as suas emoções mais íntimas é fundamental para usá-las ao seu favor. Ter consciência de si mesmo também significa saber quais são os seus limites e ter autoconfiança sobre os seus pontos fortes.

2. Gestão de si mesmo
Aqui estão presentes quatro habilidades: autocontrole emocional, capacidade de adaptação, orientação para os resultados e otimismo. Essas capacidades são essenciais para não se desesperar diante de situações adversas e manter o foco no trabalho, com a convicção de que tudo acabará bem. Quem tem essas competência não reage por impulso e consegue lidar mais facilmente com a mudança.

3. Consciência social
Ser dotado desta competência significa ter consciência organizacional, isto é, a aptidão de ler o estado emocional de um grupo e suas relações de poder. Outro componente deste pilar é a empatia, que descreve a capacidade de compreender os sentimentos e perspectivas das outras pessoas e colocar-se no lugar delas. Tudo isso ajuda a prever situações de conflito e se antecipar aos seus efeitos.

4. Gestão de relacionamentos
Aqui, estão incluídas as seguintes capacidades: influência, mentoria, administração de conflitos, trabalho em equipe e liderança inspiradora. Em resumo, descreve a capacidade de induzir atitudes desejáveis em outras pessoas. Pessoas com facilidade para gerir relacionamentos sabem como desenvolver seus liderados, dar feedbacks negativos, criar grupos de trabalho motivados, vencer negociações e dissolver mal-entendidos.

Descritos os pilares da inteligência emocional, fica clara a enorme distância desse conceito para a mera “simpatia”, afirmam Goleman e Boyatzis.

Imagine, por exemplo, que você tem um subordinado com uma personalidade ácida e quase agressiva.

O que um chefe simpático faria? Provavelmente conversaria com ele sempre “com jeito” e tentaria evitar conflitos a qualquer custo. Não haveria situações desconfortáveis, mas o problema continuaria latente.

Já um gestor com inteligência emocional usaria suas habilidades de autocontrole para conversar com esse funcionário sem deixar o nervosismo atrapalhar. Além disso, empregaria sua capacidade de influência e persuasão para dar um feedback negativo sobre sua postura e convencê-lo a mudar.

Você não precisa ter todas essas aptidões plenamente desenvolvidas para ser um bom líder: basta ter um pouco de cada uma, de forma equilibrada, dizem Goleman e Boyatzis.

Uma leitura atenta dos 4 pilares da inteligência emocional ajudará você a identificar quais são as suas lacunas e trabalhar para preenchê-las. Os especialistas também recomendam avaliações do tipo “360 graus”, que combinam as suas percepções sobre si mesmo com o olhar dos seus chefes, colegas e subordinados.

O olhar externo é extremamente útil para ter um quadro mais exato do seu nível de inteligência emocional, até mesmo para o pilar “Consciência de si mesmo” —  afinal, como você poderia ser autoconsciente de que não é autoconsciente?

“Busque uma dimensão das suas forças e fraquezas pedindo comentários de pessoas que trabalham com você”, recomendam Goleman e Boyatzis. “Quanto mais gente responder, mais preciso será o retrato final”.


http://exame.abril.com.br/carreira/voce-tem-inteligencia-emocional-se-exibir-estas-4-habilidades/

domingo, 30 de julho de 2017

Site oferece mais de 600 aulas de inglês grátis

Olá leitores do Canal do Ensino!
Quem deseja se aperfeiçoar no idioma inglês e aumentar o vocabulário pode contar com a ajuda do Você Aprende Agora. Um site capaz de facilitar o aprendizado da língua através de vídeo aulas. Com conteúdo diferenciado e complementar, faz com que os usuários cadastrados possam aumentar ainda mais o seu conhecimento de gramática, vocabulário inglês e compreensão auditiva.
Para quem não tem nem tempo nem dinheiro para dedicar ao ensino da língua, o site pode ser uma alternativa. Com vídeos de 3 minutos, e acesso de 618 aulas de inglês que vão do nível básico ao fluente.
curso  de inglês online é baseado na Cambridge University para que você aprenda rápido e use o inglês a seu favor em sua carreira profissional, estudos e viagens. No Você Aprende Agora, o aluno pode acessar os vídeos por uma sequência ou selecionar o tema que deseja ver, como modal verbs, prepositions e tag questions.
Todas as aulas são disponibilizadas de forma gratuita. No entanto, se o usuário quiser treinar os conhecimentos adquiridos e fazer exercícios, deve optar por um dos quatro planos de pagamento existentes no site. Os valores variam de acordo com a quantidade de exercícios que o aluno quiser contratar.
Acesse aqui as aulas de inglês grátis
Boa aula!

https://canaldoensino.com.br/blog/site-oferece-mais-de-600-aulas-de-ingles-gratis

quinta-feira, 27 de julho de 2017

Como falar de uma experiência negativa durante uma entrevista?

Por mais que o selecionador dê abertura, é importante saber usar as palavras certas na hora de falar da empresa anterior


Todo candidato precisa ter cuidado com as respostas que dá, pois elas ajudam o selecionador a decifrar o seu perfil.

São inúmeros os motivos que levam um profissional a procurar novas oportunidades de trabalho: convívio improdutivo com os colegas, descontentamento com remuneração e benefícios, falta de plano de carreira, gestão ineficiente, entre outros. E na hora de fazer a entrevista, uma pergunta feita pelo recrutador que parece simples acaba se tornando uma armadilha: “Por que você saiu ou por que quer sair da empresa onde trabalha”?
Nessa hora, a ansiedade de encontrar logo uma nova oportunidade de emprego ou a falta de experiência pode levar o candidato a cometer erros graves que culminem na sua eliminação do processo seletivo.
A diretora do Outliers Careers e do Instituto Brasileiro de Coaching, Madalena Feliciano, explica que é essencial o candidato manter a postura profissional e não achar que o entrevistador, por mais legal que ele seja, é seu amigo e você pode desabafar. “Essa técnica de descontração é muito usada para fazer o candidato se soltar. O problema é quando alguns se soltam demais. Quando perguntarem por que você saiu do emprego anterior, ou porque está buscando uma nova empresa, não prolongue muito a resposta e não entre em detalhes”, orienta.
A especialista em transição de carreiras entende que todos nós já passamos por uma ou mais situações nas quais colegas de trabalhos e chefes de setor não eram tão legais assim. Mas esses são nossos problemas pessoais com eles e ninguém mais precisa saber. “Diga que houve conflito de interesses e horários ou que você está buscando novas experiências. E só”, comenta.

Cuidado com a impressão a ser deixada

Madalena pensa que duas coisas podem acontecer se você falar mal do seu antigo chefe: o empregador pode acabar entendendo mais o chefe do que você e lhe achar incapaz de realizar as atividades, ou ele vai achar que você fará o mesmo com a empresa dele quando sair. “De qualquer forma, não pega bem para o candidato, passa a imagem de uma pessoa fofoqueira e sem ética, acima de tudo”, alerta.
Ao longo do processo seletivo, a ansiedade do candidato pode não apenas comprometer o comportamento na hora da entrevista como levar o profissional a fazer escolhas erradas. Isso porque, ao querer sair da empresa atual de qualquer jeito, acabam entrando em uma empresa que possui os mesmos problemas da anterior.
“Em situações como essas, a ansiedade e a frustração não podem afetar o julgamento para a escolha de um novo emprego. Muito pelo contrário, se você já passou pela péssima experiência de trabalhar infeliz, preste bastante atenção e analise bem as empresas para as quais você está se candidatando. Pesquise!”, aconselha Madalena Feliciano.

segunda-feira, 17 de julho de 2017

5 técnicas da neurociência para memorizar qualquer coisa

Não quer mais esquecer prazos, nomes, datas, informações? Confira dicas da ciência para aguçar a sua capacidade de recordar

Cérebro humano
Cérebro humano (Garpenholm/Wikimedia Commons)

São Paulo — Por mais que tenhamos a ajuda de smartphones, tablets e celulares, nenhum hardware é mais valioso para a rotina do que o cérebro.

No entanto, é justamente a memória uma das funções cognitivas mais prejudicadas pela sobrecarga de informações trazida pela tecnologia. Perdidos em um oceano de estímulos, acabamos esquecendo cada vez mais facilmente nomes, datas, prazos e informações.

O esquecimento prejudica o sucesso de qualquer profissional, mas para quem precisa memorizar conteúdos específicos, como é o caso de candidatos a concursos públicos, o preço é ainda mais alto. Saiba mais: Conheça 9 técnicas de memorização que ajudam nos estudos com a Unyleya Patrocinado 

Mas há um alento: não faltam recursos e técnicas para recuperar a capacidade de se lembrar. Se você procura conselhos nesse sentido, a neurociência pode ajudar. Confira a seguir 5 métodos inspirados por descobertas científicas para facilitar a fixação de qualquer informação:

1. Brinque de professor com um amigo

Você só vai memorizar uma informação se fizer algo de prático com ela, diz em palestra do TED o professor Peter Doolittle, da universidade Virginia Tech.

Uma das melhores maneiras de fazer isso é explicar aquele conteúdo para uma outra pessoa, como um amigo que está estudando para o mesmo concurso público que você, por exemplo. Para dar sua “aula”, você precisará organizar, filtrar e reproduzir a informação, o que facilita a memorização.

Um par de artigos publicados em 2007 nos periódicos acadêmicos Science e Intelligence traz uma possível evidência desse fato. Segundo os estudos, os filhos primogênitos em média têm QI mais alto do que os caçulas. A razão? Provavelmente porque eles passaram boa parte da infância ensinando diversas coisas para seus irmãos mais novos. 


2. Brinque de professor consigo mesmo

Não há nenhuma pessoa disponível para ouvir a sua “aula” sobre o conteúdo que precisa memorizar? Sem problemas, você pode fazer isso sozinho.

Para tornar esse exercício solitário mais estimulante, faça perguntas a si mesmo sobre o material. Especialistas em educação da Universidade de Michigan recomendam parar de vez em quando a leitura de uma apostila, por exemplo, e se questionar: “Quais são as informações principais deste trecho?”. Falar em voz alta, seja para fazer perguntas, seja para respondê-las a si mesmo, ajuda muito.

Um trabalho publicado em 2010 no “Journal of Experimental Psychology” indica que a produção oral tem impacto significativo sobre a retenção de informações. Os estudiosos fizeram o seguinte experimento. Diante de uma lista de palavras, os participantes tiveram que ler metade em voz alta e metade em silêncio.

Em seguida, tiveram que recordar o maior número possível de itens que haviam lido. Aqueles que haviam sido pronunciados foram muito mais lembrados do que os que haviam sido lidos sem a emissão de qualquer som.

3. Pegue lápis e papel

Em tempos dominados por computadores e smartphones, cada vez menos pessoas cultivam o hábito de registrar informações à mão. O antigo método, contudo, é excelente para a memorização.

Ao usar o teclado ou a tela touch de um celular, processamos a escrita de forma mais superficial do que quando desenhamos as palavras com um lápis, dizem estudiosos das universidades de Princeton e da Califórnia.  

Então, pode esquecer o Word: da próxima vez que precisar decorar alguma coisa, procure um bom pedaço de papel. Tanto faz se você vai escrever um texto corrido ou desenhar um esquema com flechas. O importante é transformar a informação a ser gravada em um registro manuscrito.

4. Pense como um pintor surrealista

Um bom método para facilitar a retenção de uma informação é visualizá-la em um contexto inusitado, engraçado ou até surreal. Para compreender isso, imagine que você precisa decorar o nome de uma pessoa que você acabou de conhecer em um evento de networking: Joana Pontes, por exemplo.

Tente imaginar esse sobrenome, Pontes, dentro do rosto de Joana, sugere o especialista em memória Chris Moulin ao site “The Mirror”: pode uma ponte entre a orelha e a boca, por exemplo, ou alguma outra imagem digna de um quadro de Salvador Dalí.

Parece loucura? Pensar como um pintor surrealista, na verdade, pode ser bastante útil. Segundo Carla Tieppo, neurocientista e professora da Santa Casa de São Paulo, quanto mais nos espantarmos com uma imagem mental, mais chances ela terá de ser absorvida pelo cérebro de forma duradoura.

5. Transforme tudo em música

Já parou para contar a quantidade de canções que você sabe de cor? Tem ideia de como as letras ficaram gravadas com tanta facilidade no seu cérebro? O segredo é a melodia por trás delas.

Não é por outro motivo que os professores de cursinho adoram criar paródias musicais para transmitir temas como a tabela periódica dos elementos químicos. Quando envolta em melodia, qualquer informação pode ser gravada mais facilmente.

Um estudo de pesquisadores norte-americanos e alemães mostrou que a criação de um padrão rítmico e melódico é um excelente auxiliar das funções cognitivas. Um experimento com portadores de esclerose múltipla sugere que o estímulo musical incrementa a “codificação profunda” durante o aprendizado verbal.

Seja para memorizar uma informação nova, seja para ser mais produtivo no trabalho, a audição de música tem efeitos surpreendentes. “Ela faz algo provavelmente único: estimula o cérebro de um modo poderoso a partir da nossa conexão emocional com ela”, resume a neuropsicóloga Catherine Loveday ao site do jornal “The Guardian”.




domingo, 25 de junho de 2017

Como fazer um Currículo Perfeito

Eu trabalho com Coaching e Recolocação e na minha assessoria a transição de carreira sempre inicio pela elaboração de Currículo. Talvez seja o passo mais difícil pra quem está em busca de uma transição, pois o assunto não é simples como parece e tem muitas informações controversas espalhadas pela internet. Um bom Currículo tem que impressionar no primeiro contato, ser claro, impecável, objetivo e traduzir clareza de raciocínio com um toque de sofisticação. Por isto, reuni em um artigo algumas dicas para elaboração de Currículo, espero que seja útil.

Dicas para Elaboração do Currículo

IDENTIFICAÇÃO
Inicie o documento com o seu nome completo centralizado, registre o seu estado civil, nacionalidade, idade, endereço completo (com rua, número e complemento), CEP, cidade, Estado, telefone residencial, celular (todos com DDD) e e-mail. Não coloque nunca número de RG, CPF, carteira profissional, título de eleitor, atestado de reservista e passaporte. Se a empresa necessitar destas informações será em um estágio mais avançado do processo seletivo.
OBJETIVO
Deixe claro o seu objetivo profissional. É importante pesquisar a respeito da vaga ou da empresa antes de definir o objetivo, pois dependendo da demanda da oportunidade ele pode ser alterado. Se você é um profissional da área Comercial pode colocar como objetivo COMERCIAL/VENDAS/NOVOS NEGÓCIOS. Trabalhe com títulos genéricos, pense nos últimos cargos para os quais se candidatou e tente utilizar as palavras mais recorrentes. Se estiver mandando o Currículo para uma vaga específica coloque o título da vaga no objetivo.
FORMAÇÃO ACADÊMICA
Liste os cursos de graduação, pós-graduação e especialização, do mais recente para o mais antigo, com ano de início e de término (se você ainda não concluiu o curso, coloque a palavra “cursando” e o período em que se encontra, por exemplo: “cursando quarto ano”). Não se esqueça das certificações e do MBA, se houver. JAMAIS coloque onde fez o ensino médio ou ensino fundamental, a não ser que o empregador peça.
RESUMO DAS QUALIFICAÇÕES
Apresente uma síntese de suas competências e habilidades profissionais. Faça uma análise de suas experiências anteriores e aponte as habilidades que teve que desenvolver para realizar suas tarefas. Neste item você poderá listar de modo geral as atividades desenvolvidas ao longo de sua carreira. Comece com um parágrafo que traduz toda a sua experiência, como por exemplo:
  • Profissional com mais de 15 anos de experiência na área Comercial – Vendas Técnicas, atuando com gestão de equipes, administração com foco em resultados, análise de mercado, estratégia de vendas, responsabilizando-se por contas estratégicas.
TRAJETÓRIA PROFISSIONAL
Geralmente a experiência é o ponto que mais chama a atenção dos recrutadores. Resuma seu histórico profissional, não se esquecendo dos seguintes pontos:
1. As empresas nas quais trabalhou (da mais recente para a mais antiga).
2. O período em que passou em cada uma delas.
3. Seu(s) cargo(s) na organização.
4. Uma breve descrição de suas funções e responsabilidades (pode descrever com maiores detalhes os pontos apresentados no Resumo Profissional).
5. Pode-se colocar também quais foram suas principais realizações, trabalhe com fatos e dados concretos de forma objetiva.
Se você é um profissional com alguma experiência de mercado, coloque seu histórico profissional ANTES da sua formação. Caso você seja estudante ou recém-formado coloque primeiro a formação acadêmica.
IDIOMAS
Liste os idiomas nos quais você tem algum conhecimento e, principalmente, seu nível (intermediário, avançado ou fluência) em cada um deles. Se o nível for básico não vale à pena mencionar. Fique atento, pois alguns headhunters realizam parte da entrevista em um segundo idioma, principalmente o inglês. Então, só coloque fluência quando realmente for capaz de escrever, falar e entender no determinado idioma.
EXPERIÊNCIA INTERNACIONAL
Caso você tenha alguma experiência de trabalho ou estudo no exterior, é hora de mencioná-la(s). Não mencione viagens de férias ou turismo. De ênfase a programas de intercâmbios e/ou estágios no exterior. Caso você tenha participado de programas internacionais pela empresa também pode mencionar. Pode colocar o ano, país, cidade ou estado e o que realizou.
INFORMAÇÕES ADICIONAIS
Por fim, liste suas habilidades específicas, como conhecimentos de microinformática, linguagens de programação, seminários e workshops relevantes, meramente profissionais. Nunca cite cursos esportivos e atividades de lazer. Se você desenvolve alguma atividade voluntária, é hora de mencioná-la.
Dicas gerais:
SEJA PRECISO. Seu currículo deve conter, no máximo, duas páginas. Utilize processadores de textos (esqueça programas gráficos, HTML ou máquinas de escrever) e escolha uma fonte simples, sóbria. Não utilize FOTO nem figuras. Não é necessário assinar ao final do documento.
UTILIZE PALAVRAS-CHAVES. Seu currículo pode ficar armazenado em um banco de dados inteligentes, o que significa que o empregador pode selecioná-lo por determinados campos.
MENCIONE INFORMAÇÕES QUE PODEM SER COMPROVADAS. Você pode ter surpresas desagradáveis no futuro (se houver futuro para você na carreira). Não inclua experiências que não possua.
FAÇA UMA REVISÃO CUIDADOSA DO TEXTO. Corrija possíveis erros de ortografia e concordância e capriche na apresentação do Currículo, não amasse, nem rasure. Não é necessário encadernar ou colocar capa. As informações devem ser sempre atualizadas.
NÃO ESCREVA NADA SOBRE SALÁRIO. A não ser que o empregador exija saber qual é sua pretensão salarial.
NÃO COLOQUE REFERÊNCIAS PROFISSIONAIS. Se isto for necessário o empregador solicitará em um momento mais avançado do processo seletivo.
FAÇA UMA BREVE CARTA DE APRESENTAÇÃO NO CORPO DO E-MAIL. Cite sua formação, a área de atuação, o tempo total e a experiência e o idioma que domina. Coloque no título do email o cargo para o qual está se candidatando ou o objetivo do Currículo
https://www.linkedin.com/pulse/como-fazer-um-curr%C3%ADculo-perfeito-tais-targa?trk=v-feed&lipi=urn%3Ali%3Apage%3Ad_flagship3_feed%3B4sg3FFZRFvjFTIwa5vGdwQ%3D%3D

quinta-feira, 15 de junho de 2017

Aprenda algo todo dia

Quer encerrar sua semana bem informado? Acabei de publicar o Newsletter Argutia de hoje! Sua pílula instantânea de conhecimento para tomar no seu café da manhã. É muito melhor que multivitamínico! Para conferir, basta digitar no navegador >> goo.gl/CBbZz3 No newsletter reúno as notícias mais relevantes da semana de empreendedorismo, negócios, carreira, economia e outros assuntos, de forma reduzida e dinâmica. Para receber toda 6ª feira no seu email é só se inscrever >> goo.gl/3sm4HU Achou algum tema interessante? Vamos debater aqui embaixo nos comentários!

sexta-feira, 5 de maio de 2017

50 perguntas e respostas para usar em entrevistas de Emprego

Olá leitores do Canal do Ensino,
Eis uma tradução de um artigo do blog bhuvans.wordpress.com, redigido por sua vez a partir do livro “The Accelerated Job Search” de Wayne D. Ford. Como estamos em maré de busca acelerada de emprego, pensei que fosse muito oportuno apresentar aqui a minha tradução “livre”. Segue as 50 perguntas que mais frequentemente surgem em entrevistas de emprego, e que podem ser usadas nos dois papéis, quer como entrevistador, quer como entrevistado:
1.  Fale-me sobre você:
Esta será talvez a pergunta mais frequente numa entrevista de emprego. Precisará de trazer na sua mente uma resposta breve mais ou menos memorizada, mas procure não deixar transparecer que trazia a resposta preparada, já que isso dará de si uma imagem de fraca espontaneidade. Evite mencionar interesses ou atividades que não se refiram diretamente à sua atividade laboral e aborde-os apenas se estes lhe forem especificamente apresentados. Descreva aqui que já realizou na sua vida profissional, focando particularmente naquilo que se relaciona com a vaga a que está a responder. Comece no passado e prossiga a sua breve descrição até ao presente.
2. Porque deixou o seu último emprego?
Seja lá quais foram as circunstâncias, mantenha sempre um toque positivo. Nunca, mas nunca mesmo, mencione problemas graves na sua organização anterior e jamais, mais jamais mesmo, mencione conflitos com os seus superiores ou colaterais. Se o fizer, perderá o emprego com toda a certeza. Diga que saiu por uma qualquer razão positiva, como a procura de uma nova oportunidade profissional.
3. Que experiência tem neste campo?
Seja específico a temas que se referem à posição que está na mesa. Se não tiver experiência específica, tente aproximar-se o mais possível. Evite todos os temas que não têm diretamente nada a ver com o campo para que está a concorrer.
4. Considera-se um homem/mulher de sucesso?
Tem que responder obrigatoriamente que sim e explicar sumariamente porque pensa dessa forma, listando os objetivos que traçou para si próprio no passado e a forma como os alcançou e como espera alcançar os restantes num futuro próximo.
5. O que pensam os seus colegas de si?
Leve mentalmente consigo uma ou duas frases citadas de um dos seus colaboradores, colaterais ou superiores. Se não se lembrar de nada diga “O Joaquim diz sempre que eu sou o trabalhador mais eficiente e persistente que já conheceu”.
6. O que conhece sobre esta organização?
É imperativo que investigue a organização antes da entrevista. Tente conhecer tudo sobre a organização, quais são os seus planos de expansão, a sua solidez económica, etc.
7. O que fez para melhorar os seus conhecimentos técnicos no último ano?
Mencione todas as atividades de melhoria da sua performance nas últimas funções, desde aquelas que foram financiadas pela anterior organização até aquelas que eventualmente pagou do seu próprio bolso.
8.  Está a concorrer também a responder a ouras ofertas de emprego?
Seja sincero, mas limite ao mínimo as suas respostas já que o importa é manter o foco no emprego sobre a mesa, não nenhum dos outros.
9. Porque é que quer trabalhar nesta organização?
Esta poderá ser a sua resposta mais importante. Baseie-se na pesquisa que fez sobre a organização. Seja absolutamente sincero, já que qualquer falsidade poderá determinar a sua eliminação.
10. Conhece alguém que trabalha para nós?
Esta pergunta pode ser fatal… há organizações que não contratam familiares e mencione apenas amigos se este estiver previamente avisado e fôr de absoluta confiança… não seria o primeiro a ser enganado por falso amigo que quando questionado sobre nós nos dá uma imagem oposta ao esperado e profundamente negativa.
11. Qual é salário que espera poder obter?
Uma pergunta de resposta delicada… cuidado se responder primeiro, razão pela qual o mais avisado será evitar responder e se perguntar algo do género: “diga-me qual é tipo de salário que está aqui em questão”? Alguns entrevistadores responderão, outros não… praticamente nenhuns o levarão a mal por ter fugido à resposta. Se contudo, achar que tem mesmo que responder, dê um valor tão vago e impreciso quanto o possível.
12. Como se dá com o trabalho em equipa?
Não terá outra opção além de dizer que sim, que se dá muito bem e que gosta mesmo muito, muito. Tenha exemplos à mão, prontos a citar e quanto mais recentes melhor. Exemplifique com casos em sacrificou o seu próprio bem estar ou a sua glória pessoal em nome do desempenho da equipa. Nunca se vanglorie, mas procure manter-se no domínio dos factos, tanto quanto o possível.
13. Durante quanto tempo espera trabalhar para nós?
Não seja muito específico. Diga algo vago como “durante muito tempo” ou “enquanto acharem que estou a fazer um bom trabalho”.
14. Já teve que despedir alguém? O que sentiu então?
Outra questão em que a qualidade da resposta é vital… Nunca deixe transparecer que gostou de o fazer, mesmo se essa pessoa mereceu tal despedimento. Mencione que teve que fazer aquilo que tinha que ser feito, e pronto. Diga que quando se trata de defender a organização ou o indivíduo tem sempre que optar pela primeira.
15. Qual é a sua filosofia quanto ao Trabalho?
Nem pense em alongar-se longamente sobre este tema… Diga o que pensa dos trabalhos que têm que ser feitos, e daqueles que são especialmente urgentes e do quanto pretende sacrificar para os cumprir. Seja positivo, mostrando um foco especial nos benefícios para a organização.
16. Se tivesse hoje dinheiro suficiente para se reformar, fá-lo-ía?
Não. É claro que tem que dizer que não… diga que prefere trabalhar a estar reformado…
17. Já alguma vez lhe pediram para deixar uma função?
Se sim, seja honesto… mas com brevidade e sempre sem dizer nada de negativo sobre a circunstância em que isso aconteceu.

18. Explique como poderia ser um ativo útil para a organização
Uma das respostas mais importantes de toda a entrevista é esta… Use-a para destacar os seus pontos mais positivos, especialmente aqueles que mais se relacionam com a oportunidade sobre a mesa.
19. Porque é que deveríamos contratar?
Sublinhe em que medida é que as suas capacidades correspondem às necessidades da organização. Nunca mencione que é melhor do que qualquer outro concorrente, nem sequer no abstrato.
20. Conte-me uma sugestão recente que tenha feito no seu último emprego
Vá para a entrevista com uma destas sugestões já preparada. Esta deverá ser uma que foi aceite (de forma a manter o tom positivo) e que tenha tido uma aplicação bem sucedida. Idealmente, deverá ser diretamente aplicável no tipo de funções a que está agora a concorrer.
21. O que o irrita mais nos seus colaterais?
Não lhe cheira a armadilha? Se não devia, porque é exatamente disso que aqui se trata… Simule que está a pensar em alguma coisa e depois diga que não lhe ocorre nada neles que o irrite e que o seu relacionamento com eles é tão bom que não lhe acorre agora nada que o irrite neles.

22. Qual é a sua maior força?
Pode dar uma de várias respostas. Desde que seja um aspecto claramente positivo. As respostas mais comuns são algo do género: a sua capacidade para prioritizar a resolução de problemas ou projetos, a sua capacidade para trabalhar sobre pressão, os seus conhecimentos técnicos ou a sua capacidade de liderança.
23. Descreva aquele que seria para um “emprego de sonho”
Procure não se referir a nenhum emprego que tenha tido no passado, nem sequer aquele que está agora na mesa. Não mencione especificamente um outro trabalho que não aquele que corresponderá a esta entrevista, porque isso poderá dizer ao entrevistador que sairá na primeira oportunidade. O melhor é manter-se no campo das generalidades.
24. Porque pensa que se adaptará bem a este emprego?
Mencione as suas capacidades, experiência e motivação.
25. O que procura num trabalho?
Veja a resposta 23
26. Com que tipo de pessoa recusaria trabalhar?
Mencione deslealdade para com a organização, violência física ou verbal ou ilegalidade. Qualquer coisa menos grave do que isto deve ser omitida.
27. O que é mais importante para si; dinheiro ou trabalho?
O dinheiro é sempre importante, mas o tipo de trabalho e a satisfação que se retira dele pesa sempre mais.
28. Qual era o seu ponto forte, segundo o seu anterior superior hierárquico?
Há aqui várias respostas possíveis, como lealdade, energia, capacidade de liderança, conhecimentos técnicos, etc
29. Conte-me o maior problema que já teve com um superior hierárquico
Mais uma armadilha… A ideia é colocá-lo a falar mal do seu superior. Se cai nela, a entrevista está concluída. A solução pode ser manter-se positivo e alegar falta de memória, exatamente como fazem os políticos quando se sentem mais apertados.
30. O que é o desapontou antes num emprego?
Não seja negativo. Fale de “falta de desafios” ou se foi afastado numa qualquer reorganização ou se a empresa fechou as portas, use essa informação agora.

31. Conte qual é a sua capacidade para trabalhar sobre pressão
Diga que gosta de certos tipos de pressão. Dê exemplos que se possam relacionar com o cargo a que está a concorrer.
32. As suas capacidades são mais adequadas para este emprego ou para outro?
Provavelmente, este. Não dê pistas de que poderia quer mais outro emprego além deste.
33. O que é que o motiva a trabalhar melhor?
Depende de si… Mas pode usar chavões como Desafios, espírito d realização pessoal e organizativa, reconhecimento do bom trabalho feito. Etc
34. Está disposto a trabalhar para além do seu horário? Fazendo noites e fins de semana?
Sim, claro… Se necessário e se a organização precisar, terá que estar disposto a tudo.
35. Como vai saber se teve sucesso neste emprego?
Existem varias formas de medir o sucesso. Definindo elevados padrões de qualidade e desempenho e cumprindo-os. Mas somente o seu superior é que saberá de facto se foi ou não bem sucedido.
36. Se fosse necessário, estaria disposto a mudar de local de trabalho?
Deve ser claro e honesto. Devendo recolher junto da sua própria família a sua disponibilidade para tal mudança se lhe parecer provável que o questionem sobre tal. Nunca diga que está disposto a mudar-se e depois não o faça… Já que isso poderá determinar o fim da sua carreira.
37. Está disposto a colocar os interesses da organização acima dos seus próprios?
Esta questão pretende aferir a sua potencial lealdade. Não se alongue. Limite-se a responder que sim.
38. Descreva o seu estilo de gestão
Fuja dos chavões de gestão, porque parecem exatamente aquilo que são: ocos. Contudo, pode usar termos comuns como “progressivo”, “gerador de consensos” (como apregoa Obama) e diga que o altera de acordo com as necessidades de cada circunstância.
39. O que aprendeu de erros anteriores?
Uma armadilha, de novo… Não mencione nada de realmente grave, mas não deixe de mencionar um ou outro pequeno erro, sublinhando sempre o aspecto positivo (medidas corretivas, aprendizagem obtida, etc)
40. Tem alguns pontos fracos?
Não lhes dê pistas… Obviamente que os tem – como toda a gente – mas deixe ao seu futuro empregador a tarefa de os descobrir. Refugie-se na frase de que ninguém é bom juiz em casa próprio.
41. Se estivesse a contratar alguém para este trabalho, o que procuraria nela?
Obviamente, seja lá o que for que diga, mencione sempre características que já possua e deixe de parte todas aquelas que não tem.
42. Acha que está sobrequalificado para esta vaga?
Diga qualquer coisa menos sim. Se pensar assim, e se o confirmar dizendo, está a dizer ao seu potencial empregador que irá sair na primeira oportunidade…
43. Como se propõe compensar a sua falta de experiência?
Se tem alguma experiência relevante de que o entrevistador ainda não tem conhecimento, refira-a agora. Se não, concentre-se em confirmar o seu empenhamento e a sua capacidade de esforço.
44. Que qualidades procura num superior hierárquico?
Seja genérico e positivo. Aluda a confiança, sentido de humor (todos julgamos que o temos, especialmente os chefes) e conhecimentos.
45. Exemplifique um caso em que teve que resolver uma disputa entre colaboradores
Dê um caso concreto e aluda sobretudo à forma como resolveu o problema.
46. Que posição prefere numa equipa que esteja a trabalhar sobre um dado projeto?
Seja honesto. Indique se trabalha bem em equipa, se tem capacidades de liderança e exemplifique sumariamente com exemplos concretos.
47. Descreva a sua ética de trabalho
Mencione tudo aquilo que possa beneficiar a organização, como espírito de missão e gosto pela satisfação recolhida pela pura execução de um trabalho com qualidade e eficiência.
48. Qual foi, até hoje, o seu maior desapontamento profissional?
Diga lá o que disser, nunca pode mencionar algo que estivesse sob o seu controlo direto. Demonstre espírito de aceitação e evite negativismos.
49. Qual foi a coisa mais divertida que fez no trabalho?
Algo que contribuiu para a organização e dentro do normal prosseguimento das suas funções, naturalmente…
50. Tem alguma pergunta?
Leve sempre – mentalmente – uma lista preparada de perguntas, fruto das suas pesquisas na Internet e que tenham a ver com a forma como pode contribuir para a organização. Questione sobre os projetos que estão a decorrer e sobre aqueles que estão prestes a começar e sobre a estrutura onde se irá integrar.
Um abraço e até a próxima