segunda-feira, 10 de setembro de 2018

Vaga de emprego: O que postar e o que não postar nas redes?

Especialistas ouvidos pelo site de VEJA dão dicas do que pode beneficiar ou prejudicar os candidatos que buscam um trabalho


Torcedores tiram selfie durante o Brasil Open de Tênis, em São Paulo

O que escrevemos, curtimos e compartilhamos nas redes sociais levado em consideração quando concorremos a um emprego tanto quanto a entrevista para a vaga (Flávia Xavier/VEJA.com)

Foi-se o tempo em que o internauta separava sua vida entre a “real” e a “virtual”. O que escrevemos, curtimos e compartilhamos nas redes sociais é uma extensão do que fazemos no trabalho, na escola, em família – e é levado em consideração quando concorremos a um emprego tanto quanto a entrevista para a vaga.
“O candidato deve expressar em seus perfis nas redes sociais exatamente o que ele faz”, diz Rudney Pereira Junior, sócio diretor da agência de recursos humanos BR Talent. “E tomar muito cuidado com o que posta e como faz isso.”
Honestidade é o primeiro mandamento. Mas devemos postar tudo o que fazemos? Para recrutadores, o exagero, mesmo que todas as informações sejam verdadeiras, joga contra o candidato. “Não adianta ser superengajado, superatleta e publicar diversas vezes ao dia. As empresas questionam o que essa pessoa faz e o quanto ela de fato é ocupada”, afirma Luís Fernando Martins, diretor da Hays Response.
O site de VEJA conversou com cinco especialistas em recursos humanos para saber o que soma ponto e o que tira pontos nas redes sociais de um pretendente a uma vaga de trabalho. Veja algumas das principais orientações:

Redes sociais: o que conta e o que tira pontos

Moderação
Expressar opinião pode ser positivo, desde que elas sejam coerentes e passem longe de radicalismos
Noticiário
Seguir fóruns e veículos de comunicação importantes conta pontos. Não dá para se ater apenas a amenidades
Esportes
Treinar para uma corrida de rua, por exemplo, mostra que você tem metas e interesses fora do trabalho
Família
Um candidato que mostra uma boa relação com a família pode ter esse como um fator de desempate
Exagero
Publicar diversas vezes ao dia pode fazer com que as empresas questionem o quanto você de fato é ocupado
Radicalismo
As empresas checam as páginas que os candidatos seguem. Radicalismo e preconceito são motivo para veto
Bebedeira
É claro que folga é para relaxar, mas postar coisas como "hoje bebo até cair" é visto como imaturidade
Exibicionismo
Publicar fotos com trajes pouco usuais, como fantasias extravagantes e roupas de banho, pode atrapalhar 

Fontes: Rudney Pereira Júnior/BR Talent, Luís Fernando Martins/ Hays Response, Yuri Mansur e Fernando Guedes/Hub Talent e Telma Guido/Right Management-ManpowerGroup 


https://veja.abril.com.br/economia/vaga-de-emprego-o-que-postar-e-o-que-nao-postar-nas-redes/

terça-feira, 3 de abril de 2018

Dicas de linguagem corporal para entrevistas de emprego

Confira nossas dicas incríveis de linguagem corporal para entrevistas de emprego e aprenda a como se portar de forma correta para garantir aquela tal sonhada vaga de trabalho. Aproveite!
Olá, leitor!
Para além do seu currículo e da forma como responde às questões que lhe são colocadas, as variáveis para o sucesso em qualquer entrevista de emprego são diversas.
Mas há um componente fundamental que muitos não se atentam: a imagem transmitida pela linguagem corporal. Como você se senta diante do recrutador? Onde foca o seu olhar? Qual a sua expressão enquanto fala? Entrevistadores são treinados para interpretar os sinais transmitidos pela postura física dos candidatos.
Contudo, a influência dos sinais do corpo é garantida ainda que o avaliador não conheça tão bem o assunto, pois passamos muito sobre nossa personalidade por meio dos nossos gestos. O recrutador será impactado pela linguagem corporal do entrevistado, seja no nível consciente ou inconsciente.
A boa notícia é que é possível evitar alguns recados indesejáveis. Você nem precisa adotar uma personalidade “engessada” para tal. Basta saber o que alguns gestos e posições, normalmente representam e evitá-los na próxima vez que for entrevistado.
Sendo assim, confira nossas dicas de linguagem corporal para mandar bem na hora de fazer uma entrevista de emprego e conseguir alcançar aquela almejada vaga de emprego. Vamos lá!
dicas-de-linguagem-corporal-para-entrevistas-de-emprego-01
As dicas a seguir são baseadas em estudos comportamentais de especialistas em linguagem corporal, portanto, todas elas são comprovadamente verdadeiras bem como muito importantes na hora de realizar uma entrevista de emprego.
Algumas são dicas de gestos e atitudes que os candidatos à vaga de trabalho devem fazer, e outras dicas com gestos e atitudes que eles não devem fazer para não serem mal interpretados. Confira a seguir:

1 – Tenha sempre um sorriso amigável ao cumprimentar

Assim que você entra na sala, o primeiro recado que você passa está em seu rosto. Sorrir suavemente, sem exageros, para todos os presentes, passa segurança e simpatia. Pode parecer um detalhe irrelevante, mas um sorriso é fundamental para se criar um vínculo interpessoal imediato.
É claro que existem candidatos mais sérios e outros mais efusivos, mas lembre-se que, numa entrevista de emprego deve sempre fazer parte uma expressão sorridente. Demonstra otimismo e entusiasmo.

2 – Opte por cumprimentar sempre próximo

A forma como se troca um aperto de mão contém muito mais mensagens do que você imagina. É muito importante evitar o cumprimento por cima da mesa do entrevistador.
Tudo porque, essa posição fará com que você receba um aperto de mão com as palmas viradas para baixo; o que o colocará, mesmo que de maneira simbólica, numa posição inferior em relação ao entrevistador.
Para evitar essa posição incômoda, o ideal é se aproximar da mesa, dar um passo à esquerda e cumprimentar o outro com a sua mão por cima.

3 – Demonstre uma boa postura ereta

Enquanto sentado, o ideal é manter as costas eretas ou ligeiramente inclinadas na direção da pessoa com a qual se fala. Essa postura denota tanto equilíbrio quanto interesse na situação a ser tratada.
É perigoso se recostar para trás ao ouvir uma pergunta, pois isso pode demonstrar uma postura defensiva, como se você não gostasse do que está sendo falado.
Agarrar os braços da cadeira é outra postura a evitar, porque pode transmitir ansiedade, tensão e insegurança.
Manter a coluna ereta enquanto é entrevistado é o ideal. Mas como em qualquer situação, é necessária certa flexibilidade. Por isso, não permaneça demasiado rígido. Reaja com movimentos corporais discretos em alguns momentos da entrevista.
Dica: Permanecer parado pode significar falta de competência e controle. Movimente-se um pouco para enfatizar pontos importantes, demonstrar dinamismo e evitar o tédio.

4 – Seja assertivo ao fazer contato visual

O ideal é olhar para o rosto do entrevistador durante cerca de 70% do tempo, focando sempre no triângulo formado pelos olhos e pela boca, demonstrando interesse e confiança.
Embora o cuidado seja essencial para transmitir confiança, é preciso tomar cuidado com os exageros. Se você fixar exageradamente o olhar na outra pessoa, isso pode gerar desconforto e constrangimento.
Se for entrevistado por mais do que uma pessoa, tenha o cuidado de distribuir o olhar por todos dedicando-lhes a mesma atenção. Mesmo que um dos entrevistadores seja mais interventivo e coloque mais questões, é importante que não se esqueça que está sendo avaliado por todos.

5 – Se afaste das emoções faciais

Caso você costume fazer toda uma sorte de expressões, é bom frear essa tendência, quando estiver diante de um entrevistador. Não que você deva ficar com um rosto inexpressivo, como um boneco de cera. O ideal é manter uma expressão serena, confiável e neutra.

6 – Respire fundo e afaste o nervosismo

Na hora da entrevista, evite usar o celular, roer as unhas, morder a ponta de uma caneta ou brincar com colares, relógios ou pulseiras. Candidatos que não conseguem manter as mãos em repouso durante a conversa, são frequentemente percebidos como inseguros e ansiosos.

7 – Quando falar, gesticule apenas o necessário

As suas mãos não precisam ficar totalmente paradas durante a entrevista. Gestos são permitidos e até mesmo aconselhados, para acrescentar expressividade à sua fala. Mas é bom ter parcimônia.
Gesticular demais pode tirar a atenção do recrutador sobre a sua fala e transmitir uma ideia de que você é uma pessoa pouco equilibrada, muito teatral.
Mesmo que não seja pessoa de gesticular, devem-se manter as mãos visíveis e descontraídas. Seja sobre a mesa ou sobre o próprio colo, é sempre melhor do que escondê-las. Unir os dedos das duas mãos passará uma imagem de autoridade e de confiança.
8 – Relaxe os braços, cruza-los pode aparentar intimidação
Além de denotar impaciência, cruzar os braços em frente ao corpo, pode passar a impressão de que você está querendo se defender da outra pessoa. A posição é especialmente desaconselhável quando você é o foco, ou seja, quando é a sua vez de falar ou perguntar algo.

9 – Sempre que possível concorde discretamente com a cabeça

É importante fazer pequenos sinais de concordância com a cabeça enquanto ele fala. Isso demonstra interesse e facilita a conexão pessoal. Vale também tomar cuidado com o queixo. O ideal é que ele fique na posição horizontal, paralelo ao chão.
Se você ficar com a cabeça inclinada para baixo, pode transmitir cansaço ou desânimo. Manter a cabeça erguida não se trata de uma pose altiva, mas apenas de se manter com a cabeça levantada e os ombros ligeiramente para trás. É uma postura que demonstrará confiança da sua parte.

10 – Nunca coloque sua bolsa entre você e o entrevistador

Ao levar uma bolsa ou pasta para a entrevista, carregue-a sempre ao lado do corpo. O ideal é deixá-la à esquerda, para deixar a mão direita livre para apertos de mão.  Ao sentar-se, é uma péssima ideia colocar o objeto na frente do corpo, criando uma barreira entre você e o recrutador.
Isso pode transmitir a impressão de insegurança e ansiedade, pois deixa claro que está tentando se proteger e disfarçar o nervosismo.

11 – Demonstre confiança ao deixar a sala

Após o término da conversa, o ideal é arrumar os seus pertences com calma. Agindo com pressa, você pode dar a impressão de que quer “fugir” logo da situação. Em seguida, basta apenas dar um aperto de mão no entrevistador, virar-se e sair.
Se a porta estava fechada quando você entrou, é importante fechá-la ao deixar o recinto; de preferência, olhando para o entrevistador e fechando o encontro com um último sorriso.

12 – Aperte firmemente a mão do entrevistador

Não tome a iniciativa de cumprimentar, devendo aguardar que o entrevistador o faça. A melhor forma para retribuir, é com um aperto de mão firme, passando, assim, confiança a ele.

13 – Evite cruzar as pernas, mantenha os pés no chão

Tomando cuidado para não parecer imóvel, mantenha os pés no chão, paralelos. É a linguagem corporal adequada para uma entrevista de emprego, ao contrário das pernas cruzadas ou balançando.

14 – Administre positivamente seu tempo

Até a forma como se relaciona com o tempo transmite uma mensagem sobre si mesmo. Olhar para o relógio, por exemplo, é um demérito gigantesco. Não denuncie eventuais pressas ou impaciência, boicotando qualquer hipótese de sucesso para a sua entrevista.

15 – Tente manter um tom de voz controlado

O tom de voz do candidato pode transmitir entusiasmo ou desânimo. Tenha muito cuidado com a forma como apresenta o seu discurso e preocupe-se em falar devagar para ser bem entendido pelo recrutador.
Até breve!

domingo, 4 de fevereiro de 2018


Nunca diga estas frases numa entrevista de emprego

Veja o script perfeito de uma péssima entrevista de emprego



Mulher tampando a boca com a mão
Shhhh!: Veja as situações em que o silêncio vale ouro na entrevista 
(Melpomenem/Thinkstock)


São Paulo — Entrevistas de emprego materializam o ditado popular segundo o qual “o peixe morre pela boca”: até os melhores candidatos podem estragar suas chances de sucesso por causa de uma frase infeliz.
Ao longo de mais de uma década de experiência com recrutamento, Marcela Mota, gerente da consultoria Produtive, observa que os candidatos vêm com mais “discursos prontos na ponta da língua” do que no passado, mas que os deslizes estão se tornando mais frequentes por causa do momento amargo do mercado de trabalho.
“Com a dificuldade de encontrar emprego, as pessoas têm chegado mais desesperadas aos processos seletivos e muitas vezes acabam falando o que não deviam”, diz ela. Exageros, mentiras, autoelogios e até palavrões têm aparecido com mais frequência nas salas de entrevista, segundo a recrutadora.
Esses tropeços no discurso podem arranhar a imagem de um candidato ou até excluí-lo do processo seletivo, e portanto devem ser evitados. Mas a preocupação com a própria fala também não pode gerar artificialismos e criar comportamentos robóticos — que, por sua vez, também afastam oportunidades.
“O candidato precisa falar o que pensa, ser espontâneo”, afirma Guilherme Malfi, gerente da divisão de recursos humanos da consultoria Talenses. Para ele, o único critério que realmente deve balizar o discurso de um profissional na entrevista de emprego deve ser o respeito: não cabe falar de forma grosseira ou preconceituosa. “Esse é o meu único fator de exclusão”, diz o headhunter.
Ainda assim, certas frases específicas podem, sim, boicotar a sua candidatura — especialmente se acompanhadas por outros fatores não-verbais, tais como linguagem corporal, tom de voz e aquilo que Mota e Malfi descrevem como “a energia do candidato”.
Mesmo as falas mais adequadas não empolgarão o entrevistador se a pessoa estiver sentada de forma desleixada, falar com um tom de voz displicente e parecer desanimada com a vaga.

Quando o silêncio é ouro

Embora a comunicação seja um processo complexo — e tudo dependa, a rigor, do contexto em que acontece —certas frases simbolizam comportamentos considerados inadequados para as necessidades atuais do mercado de trabalho.  
A pedido de EXAME.com, os recrutadores da Produtive e da Talenses listaram algumas sentenças que valem (bem) menos do que o silêncio:
“Como me vejo daqui a cinco anos? Não tenho ideia”
Entrevistas de emprego não servem apenas para checar se você é compatível com a vaga oferecida; a ocasião também é usada para conhecer o seu nível de maturidade e interesse pela própria carreira. “Quando alguém responde que nunca pensou sobre o próprio futuro, mostra que não é protagonista de sua história, que não se conhece e não sabe o que quer”, diz Mota.
A falta de autoconhecimento também pode ser demonstrada por ambições irreais. “Daqui a cinco anos, me vejo como o CEO desta empresa” é o tipo de frase que sugere arrogância e até ingenuidade quando parte, por exemplo, de um analista sênior. “Melhor seria dizer que deseja ter sua própria equipe, e que inclusive está fazendo sessões de coaching no momento para desenvolver suas habilidades de liderança”, recomenda a gerente da Produtive.
“Meu ex-chefe era muito grosseiro”
Além de antiético, esse tipo de declaração pejorativa soa aos ouvidos do seu potencial empregador como um mau presságio: se a pessoa está maldizendo seu antigo líder, por que não faria isso no futuro com ele também?
Para Malfi, fazer críticas sobre a sua experiência anterior não é proibido. Tudo, mais uma vez, depende do tom e das palavras escolhidas. “Você pode dizer, por exemplo, que não concordava com a linha de gestão do seu antigo chefe pelos motivos x, y e z”, explica ele. “É muito diferente de dizer que ele era burro”.
“O ritmo é puxado demais? / Tem muita hora extra?”
Não há nada de errado em pedir detalhes sobre o modelo de trabalho do contratante. No entanto, na visão dos especialistas ouvidos por EXAME.com, demonstrar uma preocupação muito grande com a carga de trabalho pode cair mal numa entrevista.
“É comum ouvir candidatos perguntando se a empresa exige muito, se os funcionários costumam trabalhar até mais tarde, sobre banco de horas, férias, salário, feriado”, diz Mota. Segundo ela, esse tipo de indagação transmite que o candidato só está preocupado com sua própria comodidade, e que não está tão interessado efetivamente no trabalho que pode desempenhar naquela empresa.
“Quanto tempo passei na empresa X? Não lembro direito, deixe eu ver aqui no currículo”
Segundo Mota, muitos candidatos mostram dificuldades para relembrar detalhes da sua trajetória e acabam usando o próprio CV para “colar” na hora da entrevista.
É um tiro no pé. Frases que demonstram que o candidato não domina sua história profissional costumam levar à desclassificação. “Se ele não conhece sua própria carreira, quem é que vai conhecer?”, diz a especialista da Produtive. “É uma postura que revela despreparo e descaso pela própria vida profissional”.
“Sou mais criativo do que a média”
Pecado mortal em currículos, o autoelogio também precisa ser evitado na entrevista — especialmente se vier desacompanhado de justificativas concretas. “Dizer que você é bom, muito melhor em algo do que os outros, não diz absolutamente nada”, afirma Malfi. 
No lugar de frases vagas sobre as suas competências, é melhor contar histórias reais e específicas sobre algo que você fez.
Vale descrever algum projeto do qual você participou, por exemplo, mas nunca de forma genérica: diga exatamente qual foi a sua contribuição e que “marcas” você deixou. “Mencione resultados que a empresa não teria tido se você não estivesse lá”, recomenda o gerente da Talenses.